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Homenagem às vítimas do festival de música Nova, mortos nos ataques do Hamas em 7 de outubro, em Re’im, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, nesta segunda-feira
Homenagem às vítimas do festival de música Nova, mortos nos ataques do Hamas em 7 de outubro, em Re’im, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, nesta segunda-feira| Foto: EFE/Atef Safadi

Israel deu início às comemorações do Dia da Independência nesta segunda-feira (13), celebrando os 76 anos da sua criação como Estado, em um dia que será marcado por “enorme tristeza e perda”, segundo declarou o presidente Isaac Herzog.

Em vídeo, o chefe de Estado pediu que a população judaica não apenas em Israel, mas em todo o mundo, “continue a erguer suas vozes e lutar pelo que importa, pela libertação imediata dos reféns”, dos quais 128 permanecem na Faixa de Gaza - 36 deles mortos, de acordo com as autoridades israelenses.

O ataque de 7 de outubro do Hamas, no qual o grupo terrorista matou cerca de 1,2 mil pessoas e sequestrou mais de 200, transformou a agenda normalmente festiva do dia em uma sucessão de eventos solenes pelo massacre.

O Dia da Independência começou com o tradicional acendimento de tochas, dessa vez por militares, médicos e civis que salvaram outras pessoas em 7 de outubro, que ocorreu em comunidades que fazem fronteira com a Faixa de Gaza.

A cerimônia foi transmitida em um vídeo pré-gravado sem público, para enfatizar a natureza solene desse aniversário, em oposição à atmosfera festiva habitual de ruas lotadas à noite e piqueniques em parques durante o dia.

“Este não é um Dia da Independência comum. A guerra continua. Ela nos foi imposta em um dia sombrio de massacre horrível", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em mensagem pré-gravada com um forte componente militar.

O premiê se comprometeu a libertar os reféns israelenses na Faixa de Gaza e a devolver às suas casas os moradores deslocados do sul e do norte de Israel.

Também não haverá desfile da Força Aérea na terça-feira (14), um dos eventos mais esperados do feriado. O evento foi substituído nesta segunda-feira por um breve sobrevoo que encerrou o silêncio de dois minutos em memória dos militares mortos.

Netanyahu se reuniu com os 44 portadores da tocha no domingo (12) para incentivá-los. Na reunião, o chefe do governo defendeu a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

“Derrotaremos nossos inimigos, não temos outra escolha. Embora tenhamos sido atacados e surpreendidos, o povo se mobilizou. Partimos imediatamente para o ataque e é lá que os heróis, nossos soldados heroicos, estão lutando”, declarou o governante.

Como todos os anos, o Dia da Independência de Israel foi precedido pelo Dia da Memória, que homenageia soldados mortos, 272 desde 7 de outubro do ano passado.

A data de ambos os dias varia de ano para ano, pois seguem o calendário judaico, e os dois começam ao pôr do sol em um dia e terminam ao pôr do sol no dia seguinte.

Em 2024, o Dia da Independência de Israel coincide exatamente com a data da Nakba (traduzida do árabe como “catástrofe”), que a cada 14 de maio lembra a expulsão forçada da população palestina para a Faixa de Gaza e a Cisjordânia.

Enquanto os israelenses passam por esses dois dias simbólicos, o Exército mantém sua ofensiva em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, que abrigava 1,4 milhão de refugiados, mas que já foi abandonada por cerca de 360 mil pessoas para escapar dos bombardeios.

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