O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, reagiu nesta terça-feira (29) à nomeação do novo secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, com uma breve mensagem na rede social X: “nomeação temporária. Não por muito tempo", afirmou.
A mensagem acompanha uma fotografia de Qassem, até agora número dois da organização terrorista libanesa e que foi proclamado nesta terça-feira sucessor do clérigo Hassan Nasrallah, morto em um ataque surpresa de Israel no último dia 27 de setembro.
Qassem, cuja localização é desconhecida, foi nomeado vice-líder do Hezbollah em 1991, quando Nasrallah ainda não era o secretário-geral do grupo.
O novo líder do Hezbollah tem sido considerado um dos principais porta-vozes do grupo xiita e a figura de mais alto nível que já deu entrevistas à imprensa estrangeira.
Sua nomeação é divulgada depois de, na semana passada, o Hezbollah ter confirmado a morte de Hashem Safi al Din, chefe do Conselho Executivo da formação armada e considerado um dos principais candidatos à sucessão de Nasrallah, também em um ataque israelense.
Mais de um ano após o início do fogo cruzado com a milícia (que começou a lançar foguetes e drones contra o norte do país um dia depois dos ataques do Hamas em 7 de outubro), Israel iniciou há um mês uma intensa campanha de ataque no sul e leste do Líbano, e nos subúrbios ao sul de Beirute, um reduto do Hezbollah conhecido como Dahye.
Os ataques resultaram na eliminação da liderança do grupo terrorista xiita, considerado o satélite mais poderoso do Irã, além de centenas de membros da milícia, que tem como um dos objetivos a destruição de Israel.
O porta-voz internacional do Exército israelense, Nadav Shoshani, também enviou uma mensagem a Qassem, recordando a morte nesta manhã de um jovem de 24 anos no norte de Israel após o lançamento de uma barragem de foguetes procedentes do Líbano contra a região da Galiléia.
“Em seu primeiro dia como líder do Hezbollah, Naim Qassem já é responsável pela morte de um civil inocente”, disse Shoshani em sua conta no X.
Desde o início da escalada da guerra de Israel contra o Hezbollah, pelo menos sete civis foram mortos no norte de Israel por ataques do grupo terrorista.