Máquinas de terraplanagem israelenses começaram nesta segunda-feira a deitar os alicerces de uma barreira para fechar parte da fronteira de Israel com o Egito, anunciou o Ministério da Defesa.

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Israel quer impedir migrantes ilegais da África de entrarem no país através do deserto do Sinai, no Egito, e bloquear o contrabando de armas e drogas.

O deserto do Sinai é usado como rota por migrantes africanos que buscam trabalho ou asilo em Israel. Geralmente eles são conduzidos até a fronteira por um beduíno local, em troca de um pagamento.

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Tropas egípcias postadas na fronteira já mataram a tiros pelo menos 28 migrantes este ano, antes de eles conseguirem atravessar.

"Estamos trabalhando para fechar 140 quilômetros da fronteira de 250 quilômetros. Haverá uma barreira física e scanners eletrônicos", disse Udi Shani, alto funcionário do Ministério da Defesa, falando com parlamentares.

O porta-voz do governo israelense Mark Regev disse que Israel está construindo a barreira para proteger seus cidadãos e pôr fim à "importação ilícita de drogas, ao tráfico de pessoas e à infiltração em Israel de terroristas que querem matar nossa população".

Máquinas pesadas de terraplanagem começaram a trabalhar em vários trechos da fronteira. A previsão é que a obra leve mais de um ano para ser concluída e que custe 1,35 bilhão de shekels (370 milhões de dólares).

Uma barreira que garantisse a segurança da fronteira inteira exigiria aprovação do governo, e o custo da obra subiria para cerca de 4 bilhões de shekels (mais de 1 bilhão de dólares).

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A fronteira entre Israel e Egito se estende desde a Faixa de Gaza (governada pelo Hamas), no norte, até a cidade turística israelense de Eilat, à margem do mar Vermelho, ao sul. Boa parte dela é aberta, com apenas patrulhas de fronteira e torres de vigia monitorando a paisagem árida.