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O embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, pediu unidade internacional na condenação por parte do Conselho de Segurança - que se reúne neste domingo (8) - dos últimos ataques do grupo islâmico Hamas contra Israel, os quais denunciou como "crimes de guerra". O diplomata disse que "não é possível alcançar a paz com uma organização cujo único objetivo é nos destruir" e que no passado "ninguém falava sobre alcançar um acordo de paz com a Al-Qaeda ou o Estado Islâmico".
A Al-Qaeda foi responsável pelos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos. "O que estamos vendo são crimes de guerra flagrantes e bárbaros: assassinam civis, abusam de reféns, tiram bebês das mães", disse o diplomata à imprensa, descrevendo como "o 11 de setembro de Israel" os ataques que conduziram a uma nova guerra.
"O Conselho de Segurança se prepara para se reunir hoje [domingo, 8] e Israel tem apenas uma exigência: os crimes de guerra do Hamas devem ser inequivocamente condenados", acrescentou Erdan. Ele afirmou ainda que são "imorais e falsas" as comparações entre "um grupo terrorista selvagem" e o "Estado democrático de Israel".
Erdan afirmou que neste domingo "muitos membros" da comunidade internacional manifestam o seu apoio a Israel, mas "amanhã poderá não ser esse o caso". Ele criticou a ONU e "particularmente" o Conselho de Segurança por terem "uma memória muito curta" em relação ao seu país, embora tenha evitado fazer menções diretas.
Desde que o Hamas chegou ao poder, "o mundo tentou argumentar" com o grupo islâmico e a comunidade internacional enviou quantias milionárias para a reabilitação de Gaza, mas acusou o fato de esse dinheiro ter sido utilizado para desenvolver "infraestruturas terroristas" no território.
Sobre o suposto envolvimento do Irã ou de outros países em ataques contra Israel, Erdan evitou "compartilhar informações", mas apontou mensagens "antissemitas" do aiatolá Ruhollah Khomeini e encontros do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, na Síria e no Líbano com líderes do Hamas e "outros exércitos terroristas ao redor de Israel".
O diplomata israelense acrescentou que o Irã está tentando fazer descarrilar a normalização das relações entre Israel e Arábia Saudita. O embaixador mostrou imagens e vídeos que mostram corpos de pessoas "assassinadas a sangue frio" nas ruas, um idoso "obrigado a segurar o fuzil de um terrorista do Hamas" para uma fotografia e uma mãe com os seus bebês chorando enquanto é feita refém.