Israel concordou com o envio de reforços militares limitados do Egito para a zona desmilitarizada do norte do Sinai, na fronteira com seu território, onde supostos casos de sabotagem têm afetado o abastecimento de gás, disse uma autoridade nesta quarta-feira.
A movimentação de soldados egípcios na região, que Israel qualificou como temporária, alimenta um debate entre os israelenses sobre a possibilidade de a queda do ditador Hosni Mubarak afetar o tratado de paz bilateral assinado em 1979.
Sob aquele acordo, o Egito poderia colocar apenas um número limitado de policiais para patrulhar a região da fronteira com Israel. Há restrições também ao tipo e volume de forças que Israel pode usar no seu lado.
A península do Sinai - que foi capturada por Israel em 1967 e devolvida ao Egito em 1982 - registrou violentos distúrbios durante a recente rebelião que derrubou Mubarak, além de um incêndio suspeito em um gasoduto em 5 de fevereiro.
O abastecimento de gás egípcio para a empresa East Mediterranean Gas e seus clientes israelenses deve ser retomado ainda neste mês, disse nesta quarta-feira a companhia Ampal-American Israel, sócia da EMG.
O jornal israelense Yedioth Ahronoth afirmou que 700 soldados egípcios foram mobilizados nos últimos dias para a zona desmilitarizada, somando-se a outros 800 que já estavam lá desde 30 de janeiro.
Depois da mobilização inicial, o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, disse que essa mudança tinha o aval de Israel, por se tratar de "uma situação temporária, até que a situação no Egito se estabilize".
O funcionário israelense que falou à Reuters nesta quarta-feira afirmou que as declarações de Barak refletem também a posição de Israel em relação à nova mobilização.
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