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Milhares de manifestantes protestam em Tel-Aviv neste domingo, pedindo que Israel assine um acordo para a volta dos reféns levados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.
Milhares de manifestantes protestam em Tel Aviv, pedindo que Israel assine um acordo para a volta dos reféns levados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.| Foto: Abir Sultan/EFE/EPA

No dia em que marca um ano de guerra no Oriente Médio, Israel confirmou a morte de mais um refém do festival de música Super Nova.

As Forças de Defesa (FDI) anunciaram nesta segunda-feira (7) que Idan Shtivi, de 28 anos, foi morto durante o ataque do Hamas nesta mesma data no ano passado, no sul de Israel. Seu corpo foi levado para Gaza, juntamente a dezenas de outros.

A família de Shtivi foi comunicada neste domingo (6) que o Exército concluiu que ele foi morto durante o massacre no festival de música Super Nova.

Sua morte foi primeiramente informada nesta manhã pelo Fórum de Famílias de Reféns. Mais tarde, foi confirmada pelas FDI, que disseram que a confirmação surgiu "com base em informações de inteligência analisadas em um painel de especialistas do Ministério da Saúde".

Shtivi foi descrito pelo Fórum de Famílias de Reféns como "um amante da natureza e entusiasta da fotografia que estudava sustentabilidade e governo na Universidade Reichman de Herzliya".

Segundo as informações divulgadas, ele foi fotografar o festival de música, mas fez uma ligação para a namorada por volta das 7h (horário local), contando sobre os mísseis em direção a Israel. Por esse motivo, estava indo embora.

Shtivi saiu em seu carro com dois amigos, Lior e Yulia, mas foi bloqueado pelos terroristas na estrada em direção ao norte. Ele fez um retorno com o carro e começou a dirigir para o sul, mas foi empurrado para fora da estrada, perdeu o controle do veículo e bateu em uma árvore.

Ele foi visto pela última vez naquele local, e o carro foi encontrado mais tarde cheio de marcas de bala e sangue.

As autoridades israelenses identificaram os corpos de seus amigos na estrada, mas Shtivi estava desaparecido e mais tarde foi determinado que ele havia sido levado como refém para Gaza, onde seu corpo é mantido pelos terroristas do Hamas até o momento, um ano depois do início do conflito.

Chefe do Estado-Maior de Israel diz que 7 de outubro é "um reconhecimento dos fracassos"

No aniversário do ataque múltiplo do Hamas, que deixou 1.200 mortos em território israelense e 251 sequestrados, o chefe do Estado-Maior de Israel, Herzi Halevi, reconheceu neste domingo que as tropas não conseguiram proteger os cidadãos e que, nesse dia, devem reconhecer seus "fracassos" e aprender com eles.

"Um ano se passou desde 7 de outubro, o dia em que falhamos em nossa missão de proteger os cidadãos do Estado de Israel. Estamos agora nos Dez Dias de Arrependimento. O dia 7 de outubro não é apenas um dia de lembrança, mas também um chamado para uma profunda introspecção, um reconhecimento dos nossos fracassos e um compromisso de aprender com eles", disse Halevi em uma carta aos militares.

No documento, o tenente-general também reiterou que Israel derrotou a ala militar do grupo terrorista na Faixa de Gaza, mas ainda não eliminou completamente sua capacidade de ação, acrescentando que "desferiu um duro golpe no Hezbollah" no Líbano, que, segundo ele, perdeu os integrantes de sua cúpula.

"Estamos adotando uma abordagem ofensiva, tática e proativa em todas as frentes, adaptando nossas estratégias defensivas em todas as fronteiras e percebendo que as Forças de Defesa de Israel devem ser maiores, capazes de cuidar bem de seu povo", analisou.

Os comentários de Halevi foram feitos na véspera do aniversário do ataque do Hamas. O dia começará com protestos de vítimas em frente à residência do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém. Também está prevista uma cerimônia no kibutz Re'im, local do festival de música Super Nova, onde uma sirene tocará às 6h29 (horário em que o ataque começou).

Entre outros eventos ao longo do dia, uma cerimônia para as famílias das vítimas de 7 de outubro será realizada às 19h locais (13h em Brasília) no Parque Yarkon, em Tel Aviv, que está fechado ao público devido às diretrizes de segurança impostas ao país após a ofensiva no Líbano.

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