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Netanyahu diz que Israel tem “liberdade de ação no Irã”: “Podemos chegar a qualquer ponto”
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia informado sobre a abertura de uma investigação neste sábado (23)| Foto: EFE/EPA/OHAD ZWIGENBERG / POOL

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou neste domingo (24) que o corpo do rabino israelense-moldavo Zvi Kogan, de 28 anos, foi encontrado nos Emirados Árabes Unidos, onde estava desaparecido desde a última quinta-feira.

Num comunicado conjunto, o gabinete de Netanyahu e o Ministério das Relações Exteriores informaram que a Embaixada de Israel em Abu Dhabi está em contato com a família do rabino desde o início do incidente e continuará a prestar apoio em meio às investigações.

Tel Aviv também disse na declaração que trata o caso como “um ato de terrorismo antissemita desprezível”, prometendo que Israel usaria todos os meios disponíveis para levar os assassinos à Justiça.

O Conselho de Segurança Nacional instou tanto os cidadãos israelenses como os membros da comunidade judaica nos Emirados Árabes Unidos a ficarem alertas e terem "extrema cautela" em suas atividades no país.

O gabinete de Netanyahu já havia informado neste sábado (23) que a agência de inteligência exterior de Israel, o Mossad, estava investigando o caso em meio a denúncias de que o rabino havia sido sequestrado e morto por cidadãos uzbeques com laços com o Irã. Essa tese ainda não foi confirmada.

Israel e Emirados Árabes estabeleceram relações diplomáticas em setembro de 2020 sob os Acordos de Abraão, e fizeram grandes progressos na relação bilateral, especialmente no comércio, até outubro de 2023, quando começou a guerra na Faixa de Gaza, que esfriou os laços sem realmente cortá-los.

Desde então, o Conselho Geral de Segurança Nacional emitiu um aviso de viagem de nível 3 (ameaça moderada) para os Emirados Árabes, recomendando que viagens não essenciais sejam evitadas e que as pessoas que ficarem no país tomem precauções extras.

Entre outubro e novembro de 2023, protestos violentos em apoio aos palestinos ocorreram em quase todos os países árabes, forçando Israel a retirar funcionários não essenciais de suas embaixadas e a pedir a seus cidadãos que tomassem precauções extras.

Reações em Israel

O presidente de Israel, Isaac Herzog , condenou o que foi classificado como assassinato em seu perfil na rede social X, descrevendo o crime como um "vil ataque antissemita".

“Este ato é um lembrete da desumanidade dos inimigos do povo judeu. No entanto, isso não nos impedirá nos nossos esforços para construir comunidades prósperas nos Emirados Árabes Unidos e em qualquer parte do mundo”, disse Herzog.

O Ministro da Defesa israelense, Israel Katz , por sua vez denunciou “um crime terrorista antissemita covarde e desprezível ”.

“Israel não descansará nem ficará em silêncio até que os responsáveis ​​por este ato criminoso paguem por suas ações”, escreveu Katz no X.

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