O Exército de Israel confirmou nesta quinta-feira (1º) a morte de Mohammed Deif, um dos fundadores e chefe da ala militar do Hamas, em um ataque lançado no último dia 13 de julho contra a zona humanitária de Al Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.
Deif, considerado o "número 2" do grupo terrorista no enclave, atrás apenas de Yahya Sinwar, estava na lista dos mais procurados de Israel desde a década de 1990, e foi o responsável pelo planejamento e execução de numerosos ataques terroristas.
O líder das Brigadas Al Qassam (o braço militar do Hamas) morreu em 13 de julho, juntamente ao seu braço direito, Rafaa Salameh, em um bombardeio na zona humanitária de Al Mawasi, a oeste da cidade de Khan Younis.
Até agora, o Exército israelense não tinha conseguido verificar a morte do líder militar, embora na semana passada tenha afirmado ter “cada vez mais provas” que apontavam para sua eliminação, algo que o Hamas ainda não confirmou.
Israel considerava-o, juntamente a Sinwar, o mentor dos ataques de 7 de outubro, que terminaram com 1.200 mortos e 250 sequestrados e levaram à atual guerra na Faixa de Gaza, provocando uma grande crise humanitária e diversas mortes de palestinos no enclave.
Nascido em Khan Younis em 1965, Deif juntou-se ao Hamas no início da Primeira Intifada em 1987 e, após sua primeira libertação em 1990, ascendeu rapidamente na hierarquia do grupo islâmico.
Os EUA tinham Deif na sua lista de agentes terroristas e desde 1995 ele estava entre os mais procurados por Israel pelo seu papel em ataques suicidas contra israelenses.
Em 2000, ele foi preso novamente, mas escapou. Em 2002, no auge da Segunda Intifada, foi coroado chefe das Brigadas Al Qassam, depois de Israel ter assassinado seu líder, Saleh Shehada, e tornou-se o arquiteto de toda a estratégia militar do grupo.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, comemorou a notícia em uma mensagem na qual destacou que a morte de Deif (a quem apelidou de “Bin Laden de Gaza”) é “um grande passo no caminho para a erradicação do Hamas como organização militar e governamental”.
Por sua vez, o líder da oposição israelense, Yair Lapid, descreveu a notícia, em uma mensagem nas redes sociais, como uma “conquista militar de importância sem precedentes”, embora tenha reiterado que Israel deve aproveitar seu impulso militar para alcançar um acordo de cessar-fogo que permita a libertação dos reféns israelenses que permanecem no enclave.
Com a morte de Deif, Israel marca mais um ponto na sua luta contra o Hamas, depois da morte ontem do principal líder político do grupo, Ismail Haniyeh, em um ataque em Teerã que as autoridades iranianas atribuem a Israel, algo que o país não confirmou nem negou.
Como a eleição de Trump afeta Lula, STF e parceria com a China
Alexandre de Moraes cita a si mesmo 44 vezes em operação que mira Bolsonaro; acompanhe o Entrelinhas
Policial federal preso diz que foi cooptado por agente da cúpula da Abin para espionar Lula
Rússia lança pela 1ª vez míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia
Deixe sua opinião