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Área de Al Mawasi atingida por ataque israelense que buscava eliminar número 2 do Hamas, Mohammed Deif, e seu braço direito, Rafaa Salameh.
Área de Al Mawasi atingida por ataque israelense que buscava eliminar número 2 do Hamas, Mohammed Deif, e seu braço direito, Rafaa Salameh.| Foto: Mohammed Saber/EFE/EPA

O Exército de Israel confirmou neste domingo a morte do comandante da brigada de Khan Younis da ala armada do Hamas, Rafaa Salameh, braço direito do chefe militar e número dois do grupo terrorista na Faixa de Gaza, Mohammed Deif, cuja morte ainda não foi confirmada.

“Ontem, sábado, seguindo informações do Shin Bet e das Forças de Defesa de Israel, a Força Aérea atacou e eliminou o comandante da brigada de Khan Younis do Hamas, Rafaa Salameh. Ele era um dos colaboradores mais próximos de Deif e um dos autores intelectuais do massacre de 7 de outubro”, afirmou um comunicado militar israelense.

Israel efetuou no sábado um ataque contra um complexo em Al Mawasi, considerada uma zona humanitária na área de Khan Younis, com o objetivo de matar Mohammed Deif, chefe das Brigadas Al Qassam, o braço militar do Hamas, e considerado o mentor dos ataques de 7 de outubro. As autoridades israelenses ainda não confirmaram a eliminação de Deif no ataque e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse, na noite de sábado, que “ainda não há certeza absoluta” de sua morte; o Hamas se apressou a negar que Deif tenha morrido, embora não tenha fornecido provas. O ataque também deixou pelo menos 90 mortos e mais de 300 feridos, segundo as autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas.

O Exército de Israel justificou o ataque contra uma área classificada por ele mesmo como “zona humanitária” alegando que o bombardeio foi preciso e que ocorreu em um complexo do Hamas localizado em uma área aberta, rodeada de árvores e edifícios, e não nas tendas de Al Mawasi, onde residem milhares de pessoas deslocadas.

Rafaa Salameh era responsável por lançamentos de mísseis contra Israel

Rafaa Salameh juntou-se ao Hamas no início da década de 1990 e foi nomeado comandante do batalhão de Khan Younis e Al Qarara das Brigadas Al Qassam, sob o comando de Mohammed Sinwar, irmão de Yahya Sinwar, chefe do Hamas dentro de Gaza e homem com mais poder dentro do grupo neste momento, também artífice dos ataques de 7 de outubro e que segue em paradeiro desconhecido.

“Salameh desempenhou um papel importante no sequestro do soldado israelense Gilad Shilat durante a Operação Margem Protetora em 2014. Ele estava no comando do apoio de combate e dos planos defensivos do Hamas”, afirmou o Exército israelense.

Em 2016, substituiu Mohamemd Sinwar como comandante da Brigada de Khan Younis, uma das mais poderosas do Hamas, e nesta posição Salameh “era responsável por todos os lançamentos de projéteis disparados da área em direção ao território israelense. (...) Salameh também controlava dois túneis terroristas ofensivos que foram desmantelados em Khan Younis na Operação Guardião dos Muros, em maio de 2021. Nesta operação, foram eliminados 18 terroristas que tentaram infiltrar-se no território israelense”, acrescentou o comunicado militar. Segundo Israel, a eliminação de Salameh “prejudica significativamente as capacidades militares do Hamas”.

O chefe da agência de segurança interna Shin Bet, Ron Bar, afirmou neste domingo que as forças israelenses mataram, na última semana, 25 milicianos que participaram no ataque de 7 de outubro. “O ataque a Khan Younis é o resultado da inteligência cirúrgica, que começa com o esforço que vocês têm feito aqui nos últimos meses”, disse Bar durante uma visita às tropas israelenses em Rafah, no sul de Gaza, sobre o bombardeio com cinco mísseis lançado ontem contra Al Mawasi com a intenção de matar Deif.

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