As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram nesta segunda-feira (2) novos ataques no sul do Líbano como resposta às ações do grupo terrorista libanês Hezbollah vistas como uma ameaça e violação do acordo de cessar-fogo que começou na quarta-feira passada.
Desde o domingo, as tropas israelenses realizaram vários ataques no país vizinho. “As IDF atacaram veículos militares que operavam na área de uma fábrica de mísseis (no leste do Vale do Bekaa)”, informou um comunicado militar.
Israel também afirmou estar ciente de relatos de que um integrante das forças de segurança libanesas havia sido morto em um de seus ataques no sul, dizendo que o incidente estava “sob investigação”.
Nesta segunda-feira, a Diretoria-Geral de Segurança libanesa anunciou uma morte após um ataque de drone no sul do Líbano.
“Esse ataque constitui uma escalada perigosa e uma violação flagrante da soberania libanesa, e confirma a natureza agressiva da ocupação, que não respeita nenhum acordo ou pacto internacional”, disse o órgão.
Separadamente, as FDI disseram ter atacado “a infraestrutura usada para contrabandear armas ao longo da fronteira sírio-libanesa na área de Hermel”, em um ataque no qual um militar libanês ficou moderadamente ferido.
Desde que a trégua entrou em vigor, na madrugada de 27 de novembro, Israel agiu sob a justificativa de que houve violações do acordo de cessar-fogo por parte do Hezbollah.
O ministro das Relações Exteriores de israelense, Gideon Saar, conversou com o chanceler francês, Jean-Noel Barrot, nesta segunda-feira, e garantiu que Israel não está violando o acordo, apesar das acusações francesas de que Tel Aviv violou a trégua em pelo menos 52 ocasiões.
Líbano reclama com comitê de trégua sobre supostas 54 violações de Israel
O presidente do Parlamento do Líbano, Nabih Berri, pediu nesta segunda-feira à comissão encarregada de supervisionar a aplicação do cessar-fogo no Líbano, que entrou em vigor na última quarta, que cumpra "seus deveres" e obrigue Israel a não ultrapassar os pontos de trégua, após alegar que o país vizinhos cometeu 54 violações durante o acordo.
“Pedimos ao comitê técnico que foi formado para supervisionar a implementação deste acordo que nos informe de onde vêm estas violações, que ultrapassaram 54, enquanto o Líbano e a resistência estão totalmente comprometidos com o que prometeram”, disse Berri em um comunicado.
O comitê, liderado pelos EUA, “é chamado a cumprir urgentemente seus deveres e a forçar Israel a pôr fim às suas violações e a retirar-se dos territórios que ocupa antes de qualquer coisa”.
Segundo o jornal Times of Israel, os EUA alertaram Israel de que estaria violando partes do acordo de cessar-fogo com o Líbano.
De acordo com a imprensa hebraica, que conversou com fontes diplomáticas, o enviado especial de Washington, Amos Hochstein, teria enviado uma mensagem pedindo a Tel Aviv que mantivesse o acordo. Em particular, ele teria mencionado voos de drones israelenses sobre Beirute.
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