O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, convocou neste domingo (18) o embaixador do Brasil no país, Frederico Meyer, para uma "dura chamada de repreensão", após o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ter acusado Israel de imitar Adolf Hitler ao cometer “genocídio” em Gaza. A reunião está prevista para acontecer amanhã.
Durante a reunião da 37ª Cúpula Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), em Adis Abeba, na Etiópia, Lula criticou a guerra que Israel mantém em Gaza desde 7 de outubro do ano passado, após os ataques do grupo terrorista Hamas. No ataque dos terroristas contra o território israelense cerca de 1,2 mil pessoas morreram e aproximadamente 250 foram raptadas. Do lado palestino são cerca de 29 mil mortes até agora, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, é um genocídio”, disse hoje Lula aos jornalistas, afirmando que algo semelhante a “uma guerra entre um exército muito preparado e mulheres e crianças” não havia ocorrido antes na história, exceto "quando Hitler decidiu matar os judeus", afirmou o petista.
"Os comentários do presidente brasileiro são vergonhosos e severos”, disse na rede social X (antigo Twitter), o chanceler israelense, enfatizando que "ninguém prejudicará o direito de Israel de se defender". Eu ordenei à equipe do Ministério que convoque o embaixador brasileiro para uma chamada de protesto na segunda-feira (19)", afirmou Eli Cohen.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, também criticou Lula na rede social por apoiar, segundo ele, “uma organização terrorista genocida, o Hamas, e ao fazê-lo, envergonhar seu povo”.
Por sua vez, em um comunicado oficial, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu as palavras de Lula como “vergonhosas e sérias” e argumentou que procuram “banalizar o Holocausto” e “o direito de Israel de se defender”.
"Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha. Israel luta pela sua defesa e para garantir seu futuro até a vitória total e o faz respeitando o direito internacional", completou Netanyahu.
Cerca de duas horas depois, o presidente israelense, Isaac Herzog, também atacou Lula pela rede social, pedindo o apoio dos líderes mundiais contra “tais acusações e a distorção imoral da história” que representam.
Menos é mais? Como são as experiências de jornada 4×3 em outros países
Moraes cita a si mesmo 44 vezes em documento que autorizou operação da PF
Ministro da Defesa diz que investigação vai acabar com suspeitas sobre Forças Armadas
Trump escolhe empresária Linda McMahon, antiga aliada, para o Departamento de Educação