Israel reduziu os gastos nas obras em assentamentos da Cisjordânia durante 2009, com apenas quatro novos prédios obtendo verbas no terceiro trimestre, segundo cifras oficiais.
O Departamento Central de Estatísticas de Israel publicou os dados nesta semana, logo depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciar uma paralisação de dez meses nas novas construções, cedendo à pressão do seu principal aliado, os Estados Unidos.
Cerca de 500 mil judeus vivem em colônias na Cisjordânia ocupada, em terras reivindicadas pelos palestinos como parte de seu futuro Estado. Alguns assentamentos são remotas comunidades sobre morros, enquanto outros são bairros populosos nos arredores de Jerusalém.
A liderança palestina condiciona sua volta ao processo de paz à paralisação total dos assentamentos, rejeitando a moratória de dez meses oferecida por Netanyahu.
A estatística oficial mostra uma dramática redução nas verbas públicas para novas edificações em 2009 - só 226 até agora, em comparação a 649 no mesmo período do ano passado.
No período de janeiro a setembro houve uma ligeira redução nas obras com verbas privadas - de 1.005 para 972 novas edificações nos três primeiros trimestres de cada ano.
Em 2006 houve 1.518 novas obras na Cisjordânia. Em 2007, o número caiu para 1.491, e voltou a subir em 2008, para 2.108. Para efeito de comparação, em todo o território de Israel houve no ano passado 32.051 novas obras.
A moratória determinada por Netanyahu não se aplica às cerca de 3.000 casas já em construção nos assentamentos, nem a áreas que Israel anexou como parte do município de Jerusalém depois da guerra de 1967.
Na quarta-feira, inspetores israelenses continuaram entregando ordens para parar as novas construções nos assentamentos, mas enfrentaram fortes protestos dos colonos. A polícia disse ter prendido três homens.
Deixe sua opinião