O Ministério de Transporte de Israel abrirá uma linha de ônibus para palestinos entre o norte da Cisjordânia e Israel, informou neste sábado o jornal digital israelense "Ynet".
A partir de amanhã, começará a funcionar a nova linha de ônibus, destinada a transportar os trabalhadores palestinos que viajam diariamente do norte da Cisjordânia através do posto de controle militar de Eyal, próximo de Kalkilia, ao centro de Israel.
Segundo vários motoristas de ônibus disseram à publicação, os funcionários foram informados que no cruzamento militar os soldados ordenarão que os palestinos que estiverem na linha regular saiam e entrem nos veículos destinados à população árabe.
"Não nos permitem negar o serviço e não ordenaremos que ninguém desça do ônibus, mas pelo que nos disseram, a partir da semana que vem haverá um controle no posto militar e será pedido aos palestinos que subam nos seus próprios ônibus", declarou a Ynet um motorista da empresa Afikim, que atua na região.
"Todo mundo gritará que é racismo e apartheid. Realmente não parece algo bom e talvez deveriam encontrar outra solução, mas a situação que existe atualmente é insustentável", acrescentou o funcionário.
Embora o Ministério dos Transportes assegure que a nova linha faz parte da rede geral, sua existência só foi informada nos povoados palestinos e com panfletos em árabe, e não nas colônias judaicas na mesma região da Cisjordânia.
Segundo o jornal, o ministério assegura que os novos ônibus têm como objetivo diminuir a lotação das linhas. Além disso, a pasta defende o plano argumentando que houve protestos pela tensão e brigas entre passageiros árabes e judeus.
As novas linhas, assegurou o Ministério dos Transportes, "não são linhas separadas para palestinos", mas pretendem melhorar os serviços oferecidos aos trabalhadores palestinos e substituir a "linhas irregulares, piratas, que cobram preços muito caros dos passageiros", além de "reduzir a lotação, o que beneficiará tanto palestinos como israelenses".
Sobre as instruções de não se permitir que os palestinos viajem nos ônibus destinados aos judeus, a viação Afikim disse que "a pergunta deve ser dirigida às forças de segurança".
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