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O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, criticou nesta quarta-feira (21) os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e da Bolívia, Luis Arce, pelo apoio deles ao homólogo brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pelas suas declarações no fim de semana comparando a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto.
Segundo informações do jornal Times of Israel, Gallant deu a declaração durante um evento com líderes judeus americanos em Tel Aviv.
“O presidente do Brasil foi [apoiado] pelos presidentes da Bolívia e da Colômbia. Suas palavras são ultrajantes e equivalem a incitamento. Embora muitos no mundo, incluindo alguns líderes, nos ataquem, nós, o povo judeu e o Estado de Israel, devemos permanecer fortes e unidos. Devemos compreender que estamos travando uma guerra justa contra um inimigo brutal, uma organização terrorista”, afirmou Gallant.
Na terça-feira (20), Luis Arce havia manifestado “solidariedade” a Lula por ter sido declarado “persona non grata” por Israel.
“Do Estado Plurinacional da Bolívia, expressamos toda a nossa solidariedade e apoio ao nosso irmão presidente do Brasil, Lula, declarado 'persona non grata' em Israel por dizer a verdade sobre o genocídio cometido contra o bravo povo palestino. A história não perdoará aqueles que são indiferentes a essa barbárie”, disse Arce, em mensagem publicada nas suas redes sociais.
Já Petro, também nas redes sociais, disse que Lula “só falou a verdade” ao comparar a ofensiva das forças armadas israelenses contra o Hamas em Gaza ao Holocausto.
Outros a manifestarem apoio a Lula foram os ditadores da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel, além da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), formada por governos de esquerda da América Latina e do Caribe.