Israel critica Erdogan após Turquia fechar portos para produtos israelenses: “Ditador”

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O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, criticou nesta quinta-feira (2) o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, por bloquear portos do país para importações e exportações israelenses.

A Turquia implementou nesta semana a medida, ampliando restrições de comércio com Israel que Ancara havia adotado em 9 de abril.

“É assim que se comporta um ditador, desconsiderando os interesses do povo e dos empresários turcos e ignorando os acordos comerciais internacionais. Instruí o diretor geral do Ministério das Relações Exteriores de Israel a entrar em contato imediatamente com todas as partes relevantes do governo para criar alternativas ao comércio com a Turquia, concentrando-se na produção local e nas importações de outros países”, escreveu Katz no X.

“Israel emergirá com uma economia forte e ousada. Nós ganhamos e eles perdem”, acrescentou o ministro.

No mês passado, o governo da Turquia havia anunciado a restrição de exportações de 54 categorias de produtos para Israel até que haja um cessar-fogo na guerra entre os israelenses e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.

Em comunicado, Ancara também exigiu aumento do envio de ajuda humanitária ao enclave palestino, após acusar o governo israelense de ter recusado autorização para que os turcos lançassem ajuda em Gaza por meio de aviões. Agora, esse boicote se tornou uma suspensão total do comércio com os israelenses.

“As negociações de exportação e importação com Israel foram suspensas, o que abrange todos os produtos e marca uma segunda fase de medidas estatais”, disse o Ministério do Comércio turco em um comunicado nesta quinta-feira.

“A nova medida será implementada de maneira firme e decisiva até que o governo de Israel permita um fluxo ininterrupto e suficiente de ajuda humanitária para Gaza”, acrescentou a pasta.

Nos últimos meses, Erdogan comparou a ofensiva israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto e comparou o premiê Benjamin Netanyahu a Adolf Hitler. (Com Agência EFE)