O Google substituiu na quinta-feira o termo "Territórios Palestinos" por "Palestina" para se referir ao site que atende ao público da faixa de Gaza e da Cisjordânia. A mudança, que para o site foi baseada em orientações técnicas, gerou críticas de Israel.
Em comunicado, o Google disse que a mudança no site se deve a orientações da Organização das Nações Unidas (ONU), da Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números, pela Organização Internacional de Padronização e outras entidades internacionais.
A ONU reconheceu em novembro do ano passado a Palestina como Estado observador não membro, após votação na Assembleia-Geral. A medida gerou a irritação de Israel, que considera que o reconhecimento de um Estado palestino só sairá após um acordo de paz entre os dois lados do conflito.
Ontem, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, Yigal Palmor, disse que "esta mudança provoca dúvidas sobre os motivos que estão por trás deste surpreendente envolvimento de uma empresa privada da internet na política internacional".
Já Sabri Saidam, assessor do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, em relação a comunicações e internet, saudou "um passo na direção certa", afirmando que constituía um "resultado da votação da ONU".
Ele disse esperar que, agora que o Google "reconheceu" a Palestina, possa mostrar no Google Maps a divisão do território do futuro Estado palestino baseado nas fronteiras anteriores a 1967, como é pleiteado pela Autoridade Nacional Palestina.