Israel descreveu o plano do novo governo de centro-esquerda da Suécia de reconhecer o Estado da Palestina como mal avaliado diante da ausência de negociações de paz no Oriente Médio.
O primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, anunciou a medida durante seu discurso de posse para o Parlamento de Estocolmo na sexta-feira.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a declaração sueca era contraproducente e não facilitaria um acordo de paz com os palestinos.
"Movimentos unilaterais são contrários aos acordos. Eles não vão trazer a paz para mais perto, eles vão distanciá-la. Só será alcançado um acordo através de negociações que garantam os interesses nacionais de Israel, com a segurança dos cidadãos de Israel entre eles", disse Netanyahu em um comunicado neste domingo.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, afirmou que Lofven tinha "se apressado em fazer declarações... aparentemente antes que ele pudesse se aprofundar no assunto e compreender que são os palestinos que têm constituído um obstáculo ao progresso" para alcançar um acordo de paz com Israel.
Escrevendo no Facebook, Lieberman também disse que vai colocar o embaixador sueco para uma "conversa" no Ministério das Relações Exteriores de Israel, em Jerusalém.
Enquanto isso, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que o anúncio sueco era "grande e honrado" e que espera que outros países façam o mesmo, de acordo com a agência de notícias palestina oficial Wafa.
Palestinos querem um Estado na Cisjordânia ocupada por Israel e a bloqueada Faixa de Gaza, com Jerusalém Oriental como sua capital. Eles procuraram paralisar negociações de paz, fazendo lobby para que potências estrangeiras reconheçam sua soberania.
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