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A segunda vice-premiê da Espanha, Yolanda Díaz
A segunda vice-premiê da Espanha, Yolanda Díaz| Foto: EFE/Mariscal

A segunda vice-premiê da Espanha, Yolanda Díaz, provocou uma onda de críticas nesta quarta-feira (22) após citar em vídeo publicado em suas redes sociais uma expressão que é associada ao grupo terrorista Hamas.

Díaz, que pertence ao partido de esquerda Sumar, utilizou a expressão “Palestina será livre do rio ao mar” ao finalizar um vídeo onde comentava o reconhecimento do Estado da Palestina pelo governo da Espanha.

As palavras da vice-premiê foram interpretadas por autoridades israelenses como um endosso ao grupo terrorista, que utiliza tal expressão como um chamado à eliminação do Estado de Israel.

A embaixadora israelense na Espanha, Rodica Radian-Gordon, expressou repulsa e condenou veementemente o uso da expressão por parte de Díaz.

Em declarações proferidas nas redes sociais, a embaixadora afirmou que “tal retórica incita ao ódio e à violência, e não tem lugar em uma sociedade democrática”.

Radian-Gordon também disse que a frase é um “lema do Hamas” e enfatizou a “inaceitabilidade de tais comentários, especialmente vindo de uma figura governamental de alto escalão”. Ela expressou “confiança de que a Espanha honrará seu compromisso de combater o antissemitismo, conforme estabelecido no Plano Nacional para a implementação da estratégia europeia de luta contra o antissemitismo e fomento da vida dos judeus”.

"Nossa total repulsa às declarações de Yolanda Díaz ao utilizar o lema do Hamas 'do rio ao mar'", disse.

A declaração de Díaz ocorreu num contexto significativo, tendo sido feita após o anúncio de que a Espanha reconheceria o Estado da Palestina a partir do dia 28 de maio. No vídeo, a vice-presidente celebrou tal reconhecimento como “um passo importante”.

O uso da frase controversa desencadeou também críticas internas, com figuras políticas como a vice-prefeita de Madri, María Inmaculada Sanz Otero, denunciando o que ela considera ser um “claro exemplo de antissemitismo”. Sanz destacou a “incompatibilidade de tal postura com os valores democráticos” e condenou as declarações de Díaz de forma absoluta.

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