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Guerra no Oriente Médio

Israel se diz “decepcionado” por governo trabalhista do Reino Unido suspender envio de armas

O ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, disse que medida “não é uma determinação de inocência ou culpa”, mas cobrou solução de dois Estados (Foto: EFE/EPA/ANDY RAIN)

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O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que ficou “decepcionado” ao saber da decisão do governo trabalhista do Reino Unido de suspender o envio de armas nesta segunda-feira (2), apenas alguns dias após “a execução de seis reféns israelenses por terroristas do Hamas”.

Para Katz, a decisão do Reino Unido de suspender 30 das 350 licenças de exportação de armas para Israel devido ao “risco” de que elas possam ser usadas para violar o direito humanitário “é uma medida que envia uma mensagem muito problemática” ao grupo terrorista Hamas e “seus agentes no Irã”.

“Israel é um Estado de Direito que opera sob a lei internacional e tem um sistema judicial independente e respeitado. Esperamos que países amigos, como o Reino Unido, reconheçam isso durante todo o ano e especialmente alguns dias após a execução de seis reféns israelenses por terroristas do Hamas”, expressou Katz em comunicado.

Na mesma linha, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, revelou estar “profundamente decepcionado” com a notícia em um momento em que o país está “lamentando a morte dos seis reféns executados a sangue frio pelo Hamas”.

“Eu apoio as nossas tropas e agências de segurança que trabalham com imensa coragem, profissionalismo e valores morais. Continuamos comprometidos com a defesa do Estado de Israel e de seu povo”, acrescentou o ministro da Defesa em nota.

Katz também reprovou o governo britânico por algumas de suas decisões recentes, como a retomada do financiamento da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA) e a recusa em interferir no pedido do Tribunal Penal Internacional para emitir um mandado de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

O ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, disse que “quando confrontado com um conflito como este, é obrigação legal do governo revisar as licenças de exportação”, alegando que a medida “não é uma determinação de inocência ou culpa” e “não é tomada levianamente”.

“Durante toda a minha vida, fui amigo de Israel. Mas também acredito que Israel só existirá com segurança se houver uma solução de dois Estados que garanta os direitos de todos os cidadãos israelenses e de seus vizinhos palestinos, que têm seu próprio direito inalienável à autodeterminação e à segurança”, disse Lammy.

As licenças suspensas incluirão componentes de aeronaves militares, helicópteros e drones, entre outros, depois que o governo britânico analisou o “comprometimento” de Israel com a lei internacional durante a guerra na Faixa de Gaza, declarou Lammy à Câmara dos Comuns.

Conteúdo editado por: Fábio Galão

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