Decepcionado
Líder palestino cobra comissão internacional
Após encontro com seu colega francês, Nicolas Sarkozy, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, declarou-se insatisfeito e afirmou lamentar a decisão israelense de investigar com comissão própria o ataque à "Frota da Liberdade, em 31 de maio.
Abbas deixou claro que os palestinos prefeririam que o Estado judeu tivesse atendido às solicitações do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que se reuniu um dia após o ataque e determinou que a operação do Exército de Israel deveria ser investigada por um painel internacional.
"Estamos absolutamente de acordo com a comissão investigadora tal como havia sido mencionada na declaração final do Conselho de Segurança, declarou Abbas à imprensa após ter sido recebido por Sarkozy no Palácio Eliseu, em Paris.
O gabinete israelense aprovou ontem a criação de um comitê interno para investigar a ação militar de Israel contra uma flotilha que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O ataque terminou com nove ativistas turcos mortos.
"O gabinete votou unanimemente a favor da comissão", afirmou uma fonte do escritório do primeiro-ministro, pedindo anonimato. A formação de um comitê, que incluirá dois observadores estrangeiros, um do Canadá e outro da Irlanda, foi anunciada no fim do domingo pelo escritório do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O comitê será chefiado pelo juiz aposentado da Suprema Corte Yaakov Tirkel. Ele terá a função de realizar uma investigação interna sobre os aspectos legais da operação de 31 de maio, na qual militares israelenses mataram nove ativistas turcos um deles também com cidadania norte-americana e feriram vários outros.
Ainda ontem, a Turquia rechaçou a comissão israelense para investigar a ação dos militares do próprio país. "Nós não temos qualquer confiança de que Israel, um país que conduziu tal ataque contra um comboio civil em águas internacionais, irá realizar uma investigação imparcial", disse o ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu. "Qualquer investigação realizada unilateralmente por Israel não terá valor para nós."
Olhar de fora
A Turquia insiste que a ação militar deve ser investigada por uma comissão sob controle direto das Nações Unidas, com a participação de Turquia e Israel. "Ter um réu agindo simultaneamente como promotor e juiz não é compatível com qualquer princípio de lei", notou o ministro. "Se uma comissão internacional não for estabelecida e se as demandas legítimas da Turquia continuarem a ser ignoradas, a Turquia tem o direito de revisar unilateralmente seus laços com Israel e implementar sanções."
Washington elogiou a comissão israelense para investigar o caso, afirmando que se trata de "um importante passo adiante". A comissão israelense tem dois observadores estrangeiros, mas os críticos dizem que ela não cumpre com as demandas do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que pediu uma investigação internacional independente.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas