O Exército de Israel declarou nesta segunda-feira (30) que várias comunidades localizadas a poucos quilômetros da fronteira com o Líbano são uma "zona militar fechada", proibindo qualquer pessoa de entrar nelas, de acordo com um comunicado militar.
"As Forças de Defesa de Israel deixaram claro que é estritamente proibido entrar nessas áreas", diz o comunicado, referindo-se às comunidades fronteiriças de Metula, Misgav Am e Kfar Giladi, todas no norte de Israel.
Tanto Metula, a cerca de seis quilômetros da fronteira entre Israel e o Líbano, quanto o kibutz Misgav Am e Kfar Giladi, ainda mais próximos da fronteira, foram evacuados por quase um ano, após o início do fogo cruzado com o Hezbollah na sequência da guerra na Faixa de Gaza. Escolas, fazendas e casas estão abandonadas, após o deslocamento de cerca de 60 mil israelenses da fronteira norte.
Nessas comunidades, restam apenas grupos comunitários de "autodefesa", braços do Exército, formados por reservistas da área que protegeriam seus vilarejos em caso de ataque.
Esta medida ocorre após uma avaliação da atual situação de segurança no norte e foi aprovada pelo chefe do Comando do Norte, Ori Gordin, que nos últimos dias tem "aprovado planos", juntamente com outros comandantes do norte, sobre a evolução da ofensiva de guerra contra o Hezbollah no Líbano.
O Exército informou nesta segunda-feira que os soldados da 188ª Brigada Blindada têm realizado "treinamento" perto da fronteira norte com o Líbano, e que as unidades de defesa da comunidade têm realizado "exercícios para responder a vários cenários".
Autoridades israelenses confirmaram - sob condição de anonimato - à imprensa dos EUA que Israel está se preparando para uma possível invasão terrestre "limitada", conforme exigido por Washington, que pode começar nas próximas horas.
Mais cedo, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse que Israel informou ao seu país que está realizando operações limitadas contra alvos do Hezbollah próximos da fronteira.
“Isso é o que nos informaram, que estão realizando atualmente, que são operações limitadas dirigidas contra a infraestrutura do Hezbollah perto da fronteira”, disse o porta-voz durante coletiva de imprensa.
Miller disse que "Israel tem o direito de se defender contra o Hezbollah", contudo, afirmou que seu país quer, “em última instância”, “ver uma resolução diplomática para esse conflito, uma que permita que os cidadãos de ambos os lados da fronteira voltem para suas casas”.
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