Soldado israelense descansa em área perto de Raim, Israel, 12 de outubro de 2013. Crianças dos kibbutzim nos arredores foram vítimas do Hamas.| Foto: EFE/EPA/MARTIN DIVISEK
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Israel denunciou nesta quinta-feira (12) a decapitação de bebês e o incêndio e assassinato de crianças no ataque "horrível e monstruoso" lançado no sábado passado a partir de Gaza pelo grupo islâmico palestino Hamas, que desencadeou a guerra na região.

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O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também publicou nas redes sociais imagens de bebês queimados pelo Hamas. Um funcionário de alta patente do Exército disse que ele mesmo encontrou um bebê decapitado em uma comunidade israelense perto de Gaza, e que outros colegas viram mais, sem divulgar um número específico.

Enquanto os corpos estão sendo recuperados e identificados, deve aumentar o número de mais de 1.300 pessoas mortas em Israel durante a ofensiva do Hamas, que incluiu uma incursão terrestre em zonas israelenses próximas de Gaza. Um membro das equipes de saúde do Exército disse nesta quinta-feira ter "encontrado um bebê com a cabeça cortada" entre as mais de 100 pessoas mortas no kibutz Beeri, perto da Faixa de Gaza.

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Os membros da sua equipe encontraram mais crianças decapitadas, acrescentou a fonte, o coronel da reserva Golan Vach, chefe da Unidade Nacional de Salvamento do Comando da Frente Interna do Exército.

"Não creio que um bebê com a cabeça cortada seja um acidente, não é um míssil que faz isto", comentou Vach. Na opinião de Vach, "terrorismo significa que uma pessoa entra na casa de pessoas inocentes, mata a mãe e corta a cabeça do bebê", uma cena com a qual a sua unidade se deparou nestes dias.

Também nesta quinta, em post na rede social X (ex-Twitter) com imagens explícitas, o gabinete de Netanyahu mostrou fotografias do corpo de um bebê ensanguentado, além de duas outras imagens com vários corpos de bebês queimados. "São imagens horríveis de bebês assassinados e queimados pelos monstros do Hamas", um grupo que "é desumano" e "como o Estado Islâmico", diz a publicação.

Um membro do serviço de emergência ZAKA, responsável pela recuperação de corpos, disse ontem que "não tem números, mas há muitos casos" de crianças mortas em locais como o kibbutz Beeri, a comunidade israelense onde se registrou o maior massacre de civis nestes dias.

"Eu mesmo peguei em corpos de bebês com um mês, dois meses, de crianças queimadas, de crianças que quando as peguei pelas mãos ainda estavam ardendo", relatou. Além disso, comentou que tinha conhecimento de casos de "pessoas que foram torturadas, violadas e queimadas vivas".

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O chefe da ZAKA na área sul de Israel, Yossi Landau, disse hoje que encontrou "uma mulher grávida no chão" da sua casa, com "o estômago aberto, um feto ligado ao cordão umbilical, esfaqueado com uma faca, e a mãe com um tiro na cabeça".