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O governo israelense decidiu nesta terça-feira responsabilizar a Autoridade Palestina pelo ataque suicida em uma lanchonete de Tel Aviv, mas não vai autorizar uma ação militar contra o governo do Hamas, disse uma fonte política.

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, consultou seu gabinete e chefes de segurança sobre o ataque de segunda-feira e decidiu limitar por enquanto a resposta de Israel, segundo a fonte.

Entre as medidas autorizadas está a revogação da autorização de residência a autoridades do Hamas vivendo em Jerusalém Oriental e uma intensificação de ações policiais contra a entrada ilegal de palestinos no território israelense, por temor de que sejam terroristas.

O Hamas provocou a ira israelense e ocidental ao classificar o ataque de Tel Aviv, cometido pelo grupo extremista Jihad Islâmica, como um ato de "autodefesa". O terrorista suicida matou nove pessoas na lanchonete.

Foi o primeiro ataque palestino em Israel desde que o Hamas assumiu o poder, há três semanas, e o mais letal desde 2004, o que provocou pedidos de resposta militar em grande escala.

Olmert declarou a Autoridade Palestina, formada em 1993 por acordos interinos, uma "entidade terrorista" depois que o Hamas ganhou a eleição de janeiro. Mas Israel não atacou até agora a nova liderança ou instituições da autoridade.

O premier, que ainda não formou um governo depois da eleição israelense do último mês, está sob pressão para não prejudicar os esforços liderados pelos EUA para isolar o governo do Hamas caso o grupo não aceite o processo de paz.

- Ehud Olmert enfrenta hoje uma teste significativo de liderança - escreveu o comentarista Ben Caspit no jornal "Maariv".

O presidente palestino, o moderado Mahmoud Abbas, condenou o atentado em Tel Aviv, visto por ele como mais um golpe aos esforços para tentar acabar com mais de cinco anos de derramamento de sangue na região. Ele prometeu prender os envolvidos, apesar de o Hamas ter afirmado que não vai atuar contra militantes que participam de ataques a Israel.

Forças israelenses prenderam o pai e o irmão adolescente do homem-bomba em Jenin, disseram fontes da segurança palestinas. Segundo elas, cerca de 30 palestinos foram detidos no norte da Cisjordânia.

O Exército de Israel confirmou que realizou prisões de suspeitos de terrorismo.

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