Tel Aviv – O governo israelense decidiu não lançar uma operação militar de grande escala em retaliação ao atentado suicida que matou nove pessoas em uma lanchonete de Tel Aviv anteontem, embora tenha voltado a responsabilizar o governo palestino, chefiado pelo grupo terrorista Hamas. O comedimento foi a linha de ação adotada pelo premier em exercício, Ehud Olmert, após reunir-se com os chefes dos órgãos de segurança.

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"Olmert ouviu as idéias de possíveis ataques contra a Autoridade Palestina e, embora o governo (palestino) seja responsável, a decisão foi que deve haver ação limitada por enquanto", disse um assessor do governo ao jornal Haaretz.

Entre as medidas de retaliação ao pior atentado em Israel em 20 meses está a revogação do status de residência em Jerusalém Oriental de três dirigentes do Hamas. Fontes do governo informaram à imprensa israelense que também estão previstas prisões e execuções seletivas de líderes do Jihad Islâmico no norte da Cisjordânia, onde morava o homem-bomba que explodiu em Tel Aviv.

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A decisão de evitar uma ação militar maciça contra a Autoridade Palestina é resultado da conclusão de Olmert de que a pressão política e econômica da comunidade internacional que o Hamas vem sofrendo é mais produtiva para o país no momento, disse Gideon Meir, diplomata israelense.

Uma das decisões tomadas anteontem, segundo Meir, foi declarar a AP "entidade inimiga", por sua defesa do atentado de segunda, o primeiro cometido em Israel após a eleição do Hamas.