O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, confirmou nesta terça-feira (10) que a Marinha do país destruiu toda a frota militar do regime deposto de Bashar al-Assad na Síria, enquanto suas tropas terrestres permanecem estacionadas dentro da área desmilitarizada da fronteira.
“A Marinha israelense operou na noite de segunda-feira, destruindo com sucesso a frota síria”, disse Katz durante uma visita a uma base naval em Haifa, no norte de Israel.
Os ataques em grande escala de navios de guerra israelenses foram realizados para evitar que as capacidades e o armamento da Marinha síria caíssem nas mãos das forças insurgentes que derrubaram o regime de Assad, em sua maioria islâmicas e pró-Turquia.
“Quem seguir os passos de Assad acabará como Assad. Não permitiremos que uma entidade terrorista islâmica extremista atue contra Israel além das suas fronteiras, faremos todo o possível para eliminar a ameaça”, advertiu o ministro.
Navios de guerra sírios armados com mísseis mar-mar foram destruídos em ataques realizados por mísseis balísticos da Marinha israelense na baía de Minet al Beida e no porto de Latakia, na costa síria.
“As Forças de Defesa de Israel agiram nos últimos dias para atacar e destruir capacidades estratégicas que ameaçam o Estado de Israel”, ressaltou Katz.
Além disso, o ministro afirmou que as tropas israelenses querem criar uma zona segura - sem forças com armas pesadas e sem uma presença israelense permanente - para além da atual zona desmilitarizada que Israel e a Síria concordaram estabelecer em 1974 em seu acordo de desarmamento.
“As FDI estão concluindo seu estabelecimento na zona de amortização e nas áreas controladas”, disse Katz.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, declarou nesta segunda-feira que a presença de tropas na fronteira é “limitada e temporária”, embora o Observatório Sírio de Direitos Humanos tenha alegado nesta terça que avançaram até 14 quilômetros para dentro do país, algo que o Exército posteriormente negou categoricamente.
A Força Aérea israelense, por sua vez, realizou cerca de 300 ataques aéreos na Síria desde o colapso do regime de Assad, destruindo armas químicas e depósitos de mísseis de longo alcance para que não caíssem nas mãos de forças hostis.