O Exército de Israel deteve nesta segunda-feira, em uma segunda grande operação na Cisjordânia mais de 80 palestinos das organizações islâmicas Hamas e Jihad, informaram fontes militares.
As detenções, que incluem suspeitos de estar envolvidos em delitos contra a segurança e também ativistas políticos, foram praticadas depois de o principal dirigente do Hamas, Mahmoud A Zahar, ter anunciado neste domingo à noite que seu braço armado deixará de disparar foguetes Qassam contra localidades de Israel vizinhas de Gaza.
- Não atuamos segundo os anúncios do Hamas - disse um oficial militar à rádio pública.
- O Movimento declara o fim de suas operações desde a Faixa de Gaza contra a ocupação, que foi conseqüência dos ataques do inimigo. O interesse do Hamas é proteger o povo palestino da opressão dos sionistas - acrescentou Zahar.
A nova crise entre palestinos e israelenses começou a menos de duas semanas da retirada do Exército de ocupação de Gaza depois do despejo e o desmantelamento dos assentamentos judaicos.
Ao contrário do Hamas, a Jihad Islâmica anunciou que vai continuar com as operações contra Israel após a morte ontem do chefe de seus ativistas em Gaza, o xeque Mohammed al-Sheikh Khalil, e de seu ajudante em um ataque da Força Aérea israelense, no qual outras quatro pessoas ficaram feridas.
Foi o segundo assassinato seletivo de Israel desde o sábado passado, depois que milicianos fundamentalistas dispararam 40 foguetes Qassam contra a cidade israelense de Sderot e dois kibutz.
- Não há mais trégua, só há lugar para falar de guerra - declarou o líder máximo da Jihad Islâmica, Mohammed el-Hindi, após o assassinato de Khalil e seu assistente.
Nesta segunda-feira um míssil atingiu uma oficina da Cidade de Gaza. Não há informações sobre vítimas. Mais cedo, mísseis caíram sobre uma área aberta no norte da Faixa de Gaza e em prédios no sul do território.
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