Tropas israelenses detiveram na quinta-feira dez políticos do Hamas na Cisjordânia ocupada. O grupo islâmico denunciou a ação como uma represália do Estado judeu por não conseguir a libertação de um soldado capturado.

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Os esforços egípcios para mediar a soltura de Gilad Shalit, mantido incomunicável pelo Hamas na Faixa de Gaza desde junho de 2006, fracassaram nesta semana, quando os israelenses rejeitaram a reivindicação palestina de anistiar diversos líderes militantes presos em Israel.

Diante do impasse, Israel prometeu manter o bloqueio econômico à Faixa de Gaza, além das ameaças de endurecer as condições para os cerca de 11 mil palestinos presos em Israel.

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Entre os detidos de quinta-feira há quatro parlamentares do Hamas, grupo que venceu as eleições palestinas de 2006, mas rompeu sua coalizão com a facção laica Fatah, em 2007, e agora controla apenas a Faixa de Gaza.

Israel e países ocidentais mantêm o Hamas politicamente isolado devido à sua recusa em aceitar a existência de Israel. "As prisões de líderes e parlamentares do Hamas por Israel na Cisjordânia é uma tentativa de chantagear a resistência e obter lucros no caso do prisioneiro," disse o Hamas em nota.

"Mostra a falência do inimigo. Pedimos às facções da resistência que se atenham às suas condições em qualquer troca de prisioneiros que seja discutida."

Um porta-voz militar israelense disse não haver "nenhuma indicação" de que as prisões tenham relação com o caso Shalit.

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