Um juiz militar israelense determinou na terça-feira a libertação de 21 autoridades palestinas que pertencem ao Hamas, e que haviam sido detidas na operação em represália ao sequestro de um soldado de Israel em junho na Faixa de Gaza, disse um porta-voz do Exército.
Um advogado dos presos afirmou que a Justiça Militar determinou a prisão sob fiança, e que entre os libertados estão três ministros palestinos, além de 18 parlamentares.
O Exército israelense não deu declarações imediatas sobre os termos ou os motivos da libertação, mas disse que a implementação da ordem seria adiada até quinta-feira para dar tempo à promotoria de recorrer. Segundo o porta-voz, se o recurso for bem-sucedido a libertação será suspensa.
As forças israelenses detiveram pelo menos 30 autoridades do Hamas depois da captura do cabo Gilat Shalit por militantes palestinos no dia 25 de junho.
Israel disse que os detidos eram suspeitos de acusações ligadas à atuação do Hamas na revolta palestina. Mas os palestinos acusaram Israel de estar reunindo apenas "moeda de troca" para obter a libertação de Shalit.
Osama al-Saadi, advogado dos presos, disse à Reuters que a libertação dele está condicionada ao pagamento de uma fiança coletiva de cerca de US$ 5.500, o que cria a perspectiva de eles poderem ser indiciados e processados no futuro por Israel.
O Hamas, grupo islâmico cujos estatutos pregam a destruição do Estado judaico, ganharam fácil do Fatah nas eleições de janeiro, o que fez os países ocidentais congelarem as colaborações financeiras que enviavam regularmente aos territórios palestinos.
Na tentativa de romper esse isolamento internacional, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, líder do Fatah, anunciou na segunda-feira a criação de um governo de coalizão, em conjunto com o Hamas.
- Acredito que a libertação de ministros e parlamentares criará uma atmosfera favorável para o anúncio do governo de unidade nacional, depois da conclusão das consultas - disse Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas.
Israel e os Estados Unidos mantiveram sua posição de ceticismo em relação à coalizão palestina, já que não se esclareceu ainda se o novo governo vai reconhecer o Estado judaico e renunciar à violência, as precondições para a retomada das contribuições.
Um porta-voz do Hamas disse que o grupo não tem intenção de reconhecer Israel, e o premiê Ismail Haniyeh, do Hamas, afirmou que o novo governo não vai negociar com Israel.
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