O senhor acredita que Israel deveria negociar com o Hamas?
Claro que sim. Já falei isso há dez anos. Até imprimimos adesivos com a frase "Falar com o Hamas". Sempre disse que é impossível ignorá-los, que eles estavam presentes em todos os lugares, que não se pode fazer a paz apenas com metade do povo palestino. Israel deveria negociar com os extremistas do Hamas caso o grupo conseguisse sequestrar um soldado israelense em Gaza?
Se houver um novo sequestro [de um israelense], é preciso negociar para libertá-lo, exatamente como fizemos com o Gilad Shalit. Mas o Hamas, um grupo fundamentalista islâmico, estaria interessado em falar com o "inimigo sionista"?
Ele já falou com Israel e nós já falamos com ele mais de uma vez! Durante toda a negociação para a liberação de Shalit, por exemplo. E a mais recente trégua, negociada em 2012.
Se pudéssemos expulsar toda essa turba de moderadores, egípcios, turcos, do Qatar, Kerry, todo esse grupo de estranhos, poderíamos conversar diretamente com o Hamas sem ninguém se intrometer. Seria muito melhor e simples.
O senhor acredita que o Hamas pode se tornar mais moderado e reconhecer Israel?
A linha oficial do Hamas é a de que, se Mahmoud Abbas conseguir paz com Israel, e esse acordo for aprovado num referendo pelo povo palestino, vai aceitá-lo. Enquanto o problema básico dessa região não for resolvido, outras facções ou movimentos vão aparecer.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”