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Israel se comprometeu a desmantelar 20 assentamentos na Cisjordânia nos próximos meses se os Estados Unidos retirarem as objeções à manutenção de construções nos assentamentos sancionados pelo governo. A proposta foi adiantada nesta terça-feira por funcionários israelenses, que não quiseram se identificar. Na semana passada, o presidente dos EUA, Barack Obama, pediu ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a interrupção das novas construções em assentamentos. Porém, Netanyahu desafiou a requisição ao retornar a Israel afirmando que o governo continuará a construir casas nos assentamentos existentes.

O ministro da Defesa, Ehud Barak, levará a nova proposta a altos funcionários norte-americanos durante visita a Washington, na semana que vem. De acordo com o chamado "roteiro para a paz", plano apoiado pelos EUA, Israel deve desmantelar esses postos avançados e interromper as construções nos assentamentos já existentes. No entanto, o país descumpre os termos do acordo desde que ele foi assinado, em junho de 2003.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, deve se encontrar com Obama na Casa Branca, na quinta-feira. O negociador-chefe dos palestinos, Ahmed Qureia, afirmou que a interrupção imediata dos assentamentos será um tema importante na pauta. "Qualquer tentativa de manobrar sobre a interpretação do roteiro para a paz em relação a atividades de assentamento é inaceitável", afirmou Qureia.

Abbas já disse que não há sentido em se encontrar com Netanyahu, a não ser que ele congele a construção de assentamentos e concorde em negociar a independência palestina. Netanyahu concorda com a retomada das negociações, mas resiste à pressão dos EUA para que demonstre apoio a um Estado palestino. Além disso, tanto Netanyahu quanto Barak já disseram que os 121 assentamentos atualmente existentes devem poder sofrer uma "expansão natural", ou seja, aumentar conforme cresce a população. A política dos EUA e o "roteiro para a paz" proíbem essa medida.

Também nesta terça-feira, o vice-ministro de Relações Exteriores israelense, Moshe Yaalon, disse, durante conferência no Parlamento, que Israel deveria anexar partes da Cisjordânia. Além disso, deve, na opinião dele, deixar a população palestina sob jurisdição da Jordânia. A ideia é rejeitada tanto pelo vizinho árabe quanto pelos EUA. Os participantes afirmaram que os planos de paz anteriores pedindo que Israel devolva terra capturada aos palestinos fracassou. "O modo ocidental de pensar mostrou-se irrelevante e perigoso para esta região.

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