Teerã (AFP) O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, fez um apelo ontem para que o Estado de Israel seja "apagado do mapa". A declaração foi feita durante uma conferência intitulada "O mundo sem o sionismo". É a primeira vez em vários anos que um governante iraniano prega publicamente o desmantelamento do Estado de Israel.
Numa primeira reação, Israel disse considerar o Irã um perigo "evidente e atual", afirmou o ministro israelense das Relações Exteriores, Sylvan Shalom. "O Irã está tentando ganhar tempo para poder desenvolver uma bomba atômica", assinalou. O vice-primeiro-ministro israelense, Shimon Peres, por sua vez, pediu a expulsão do Irã da Organização das Nações Unidas (ONU). "É preciso apresentar uma petição clara e direta ao secretário-geral da ONU (Kofi Annan) e ao Conselho de Segurança para obter a expulsão do Irã da ONU", afirmou Peres. A afirmação iraniana é contrária "à carta da ONU e equivale a um crime contra a Humanidade", acrescentou.
As declarações, feitas em um momento de tensão nas relações com o Ocidente, também suscitaram rapidamente uma condenação de Paris. "Se esta afirmação foi feita efetivamente, nós a condenamos com a maior firmeza", declarou o porta-voz do Ministério francês das Relações Exteriores, Jean-Baptiste Mattéi. A França decidiu inclusive convocar o embaixador iraniano em Paris para obter mais explicações.
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