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Israel lançou nesta quarta-feira operações aéreas contra palestinos que disparam foguetes a partir da Faixa de Gaza. Estas são as primeiras ofensivas do tipo desde que o Hamas tomou o controle do território, na semana passada.

Militantes de Gaza haviam, horas antes, disparado pelo menos um foguete contra o sul de Israel, disse o Exército.

O ataque aconteceu na área de Beit Hanun, segundo testemunhas palestinas.Os dois lança-foguetes foram atingidos, destacou um porta-voz militar. O foguete lançado contra Israel explodiu na zona leste da cidade de Sderot, sul de Israel, e não deixou ninguém ferido.

MortesO Exército israelense matou nesta quarta-feira seis militantes palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, informaram fontes médicas e dos serviços de segurança.

Dois dos quatro militantes mortos na Faixa de Gaza eram integrantes do braço armado do Hamas, o movimento radical islâmico que assumiu o controle militar do território palestino em 15 de junho.

Khaled Al-Farra, 18 anos, e Ahmed Al-Abadlah, de 20 anos, foram mortos em um confronto com o Exército de Israel no momento em que os soldados hebreus executavam uma operaçãp em Khan Yunes, sul da Faixa de Gaza.

Os soldados também mataram outros dois militantes, Suleiman Jachan, 19 anos, dos Comitês de Resistência Popular, e Obeid Chaath, de 22 anos, da Jihad Islâmica.

O Hamas e a Jihad Islâmica afirmaram ter disparado foguetes antitanques contra as tropa israelenses.

Um porta-voz do Exército de Israel afirmou a respeito deste último confronto que um soldado ficou gravemente ferido pelos disparos palestinos durante uma operação na Faixa de Gaza, ao oeste da passagem de Kisufim.

Em Jenin, na Cisjordânia, as tropas israelenses mataram dois militantes - Ziad Malaysheh, 25, da Jihad Islâmica, e Ibrahim Abed, 26 - de um grupo armado do Fatah. Sem renúnciaO governo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), liderado pelo presidente Mahmoud Abbas, não renunciará à Faixa de Gaza, embora tenha perdido toda sua influência neste território, assegurou o primeiro-ministro Salam Fayyad em entrevista publicada nesta quarta-feira (20) pelo jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung".

"Quase não temos influência em Gaza, mas isto não significa que renunciaremos a ela", afirmou. Fayyad destacou que ele é o primeiro-ministro do governo da ANP legítimo, com autoridade na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, dois territórios inseparáveis e interdependentes.

"Por um acaso um pássaro pode voar com uma asa só?", perguntou Fayyad, acrescentando que o Governo tentará por todos os meios manter e reforçar essa conexão.

O premier explicou que as três prioridades do Governo da ANP são "segurança, segurança e segurança, pois este Governo só terá êxito se forem dados passos decisivos na direção da ordem e da justiça".

Fayyad reconheceu que, para isso, é preciso dispor, em primeiro lugar, dos meios necessários, estruturais e financeiros. "Não podemos nos dar ao luxo de levar o carro à oficina; temos que consertá-lo em andamento".

O primeiro-ministro adverte também que o objetivo de seu Governo é conseguir "a independência econômica", mas explica que isso não é possível por enquanto.

"Com o tempo, o objetivo é chegar a ser independentes da ajuda estrangeira, mas este momento ainda não chegou", afirmou.

Fayyad disse que a comunidade internacional fez "o correto" reconhecendo seu Governo, mas que agora é preciso que "as promessas sejam acompanhadas de fatos" e que se desbloqueiem as transferências de dinheiro aos palestinos.

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