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Israel diz que 9 dos 18 mortos em escola de agência da ONU em Gaza eram terroristas
Escola al-Jaouni era administrada pela UNRWA e havia sido transformada em abrigo| Foto: EFE/EPA/MOHAMMED SABER

O Exército de Israel divulgou nesta quinta-feira (12) os nomes de nove terroristas palestinos que morreram nesta quarta-feira (11) durante um ataque contra uma escola em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, que deixou um total de 18 mortos, para responder às acusações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), que o culpou pelo assassinato de seis dos seus trabalhadores.

“Até agora recebemos a verificação da eliminação de vários terroristas da organização terrorista Hamas”, afirmou nesta quinta um comunicado militar israelense, no qual as Forças Armadas listaram os nomes de nove pessoas.

O Exército de Israel garantiu que três dos nove terroristas mencionados trabalhavam diretamente para UNRWA, que administrava a escola atacada.

“Não estamos em posição de comentar ou verificar” os dados de Israel, disse brevemente à Agência EFE um porta-voz da UNRWA.

Os três terroristas são Muhammad Adnan Abu Zaid, a quem o Exército israelense culpa por pertencer à ala militar do Hamas e por ter lançado foguetes contra as tropas; Yasser Ibrahim Abu Sharar, também do braço armado do Hamas e integrante dos comitês de emergência da organização em Nuseirat; e Iyad Matar, também integrante do grupo palestino.

Os demais terroristas identificados, que o Exército não associou à UNRWA, são Issar Karachaya, Bassem Majed Shahin, Amr Aljadili, Akram Saber El Alichi, Muhammed Issa Abu Almair e Sharif Salam.

Na quarta à noite, a agência da ONU confirmou a morte de seis dos seus funcionários no bombardeio contra a escola, que teria deixado um total de 18 mortos.

“Este é o maior número de mortes entre o nosso pessoal em um único incidente”, lamentou a UNRWA na noite de ontem em seu perfil na rede social X, que até então tinha confirmado duas mortes, informou a Agência EFE.

Entre os mortos se encontram o diretor do abrigo da UNRWA e outros membros da equipe que prestava assistência a cerca de 12 mil pessoas deslocadas na escola Al Jaouni.

Nesta quinta-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu o ataque como “inaceitável” e reiterou no X a urgência de “pôr fim agora a estas dramáticas violações do direito internacional humanitário”.

Segundo dados da UNRWA, a escola Al Jaouni foi atacada cinco vezes desde o início da guerra em Gaza, em outubro do ano passado, com um saldo de cerca de 40 mortos no total.

O último ataque havia ocorrido em 6 de julho, matando 16 palestinos e ferindo outros 50.

“As escolas e outras infraestruturas civis devem ser protegidas em todos os momentos, não são um alvo. Fazemos um apelo a todas as partes no conflito para que nunca utilizem escolas ou áreas circundantes para fins militares ou de combate”, ressaltou a UNRWA.

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