Como esperado ao longo desta segunda-feira (30), Israel iniciou uma operação terrestre "limitada e localizada" no sul do Líbano contra alvos do grupo terrorista Hezbollah.
De acordo com o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, a decisão surgiu após a inteligência do país descobrir planos do Hezbollah de realizar um massacre semelhante ao do Hamas, em 7 de outubro do ano passado.
“O Hezbollah transformou cidades libanesas perto de comunidades israelenses em bases militares, preparadas para um ataque contra Israel”, disse o contra-almirante Hagari em uma mensagem de vídeo postada nas redes sociais do Exército.
O militar ainda ressaltou que as operações terrestres limitadas são dirigidas especificamente contra algumas cidades ao longo da fronteira, reiterando que a ofensiva das IDF é contra o grupo terrorista libanês e não contra o povo.
Militares que atuam na missão do Líbano afirmaram nesta terça-feira (1º) que atacaram durante a madrugada fábricas de armas e outras infraestruturas essenciais do grupo terrorista pró-Irã. As ações aconteceram nos subúrbios ao sul de Beirute, depois de pedirem a evacuação de várias áreas de Dahye, reduto da milícia na capital libanesa.
“Antes do ataque, foram tomadas inúmeras medidas para mitigar o risco de danos aos civis, incluindo a emissão de avisos, o uso de munições precisas e vigilância aérea”, afirmaram as IDF.
O Exército israelense detalhou que as incursões terrestres estão sendo lideradas por soldados da 98ª Divisão Paraquedista e da 7ª Brigada Blindada.
Segundo o jornal New York Times, essa divisão do exército normalmente conta com mais de 10 mil soldados, mas não há números precisos sobre quantos militares estão atuando no Líbano.
Sob condição de anonimato, três oficiais israelenses contaram ao Times que uma parcela das tropas foram autorizadas a avançar alguns quilômetros além da fronteira, em vez de permanecer a poucos metros dela.