O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, prometeu ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, durante negociações realizadas na segunda-feira, libertar 250 prisioneiros palestinos no próximo mês, afirmou um porta-voz de Olmert.
"Os 250 prisioneiros serão libertados antes do próximo feriado muçulmano", disse o porta-voz, descrevendo a manobra como um gesto de boa vontade em relação a Abbas, que retomou as negociações de paz com Israel depois de romper com o grupo islâmico Hamas, no ano passado.
Os muçulmanos celebram em dezembro o festival Al-Adha.
Segundo o porta-voz, os prisioneiros a serem libertados não teriam ligação com movimentos islâmicos.
O Estado judaico libertou palestinos no dia 25 de agosto, durante uma visita da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, que tentava arrancar dos dois lados um acordo de paz.
Naquele momento, Israel descreveu a soltura dos 198 prisioneiros como uma tentativa de fortalecer Abbas.
Cerca de 11 mil palestinos são mantidos sob custódia nas prisões israelenses e garantir a libertação deles é uma questão altamente delicada na sociedade palestina, que os vê como um símbolo da resistência à ocupação.
"O presidente Abbas pediu ao senhor Olmert que mantivesse de pé a trégua ampla na Faixa de Gaza e que libertasse os palestinos. O senhor Olmert concordou com libertar 250 prisioneiros no começo do próximo mês", disse Saeb Erekat, negociador de paz pelo lado palestino.
Uma trégua de cinco meses mediada pelo Egito e selada entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza encontra-se, há duas semanas, sob pressão devido a uma onda de violência que incluiu ataques israelenses contra o território e lançamento de foguetes pelos militantes.