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Pessoas visitam o Museu do Holocausto em jerusalém | Reuters
Pessoas visitam o Museu do Holocausto em jerusalém| Foto: Reuters

Um documento interno do Ministério de Relações Exteriores israelense acusa o primeiro-ministro da Turquia de alimentar o antissemitismo com suas críticas a Israel, disse um funcionário nesta segunda-feira, ameaçando dar início a novos problemas diplomáticos com um dos seus poucos aliados muçulmanos de Israel.

O relatório do Ministério foi revelado duas semanas depois de o vice-chanceler de Israel ter irritado a Turquia ao convocar seu embaixador no país por uma reprimenda humilhante num programa da televisão israelense.

Embora Israel tenha sido forçado a se desculpar, o relatório diz que a reprimenda deixou claro para a Turquia que deve haver limites para suas críticas.

O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan é um forte crítico da ofensiva militar israelense em Gaza, ocorrida no ano passado. O relatório acusa Erdogan, líder de um partido islâmico, de ir muito longe em sua retórica e de criar "opinião pública negativa" sobre Israel.

"Ele faz isso ao repetir ideias em seus discursos, descrevendo o sofrimento do povo palestino em Gaza e culpando Israel por crimes de guerra, chegando ao ponto de usar expressões antissemitas e fazer incitações", diz o documento.

O relatório diz que Erdogan, por exemplo, não distingue entre "israelense" e "judeu", transformando as críticas a Israel em discurso antissemita. Afirma também que o primeiro-ministro faz vistas grossas a referências antissemitas nos meios de comunicação turcos e que ele faz comentários ignorantes e insultos sobre os judeus.

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