O governo de Israel anunciou que a política do país para Jerusalém permanece a mesma. Hoje, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se reuniu com seu gabinete de segurança a fim de elaborar uma resposta para as exigências dos Estados Unidos por concessões para a retomada das conversas de paz na região.
Netanyahu voltou ontem de uma visita tensa a Washington, que aparentemente aprofundou as divergências com o governo do presidente Barack Obama sobre as construções em assentamentos judaicos, inclusive em terras anexadas pelos israelenses em Jerusalém Oriental.
"A posição do primeiro-ministro é a de que não há mudança na política de Israel para Jerusalém, (política esta) que tem sido realizada por todos os governos de Israel nos últimos 42 anos", afirmou o escritório de Netanyahu, em comunicado.
Os norte-americanos teriam exigido que o primeiro-ministro tome uma série de passos para que recomecem as conversas de paz com os palestinos. O premier deve discutir ainda hoje o tema com sua equipe de segurança.
Prazo
O secretário do gabinete Zvi Hauser negou os relatos da mídia de que os EUA impuseram um prazo para que Israel responda aos pedidos do país até a noite de amanhã. "Todos os aspectos da questão serão examinados e eles formularão a posição de Israel de acordo com os interesses de Israel e no tempo necessário para isso", afirmou Hauser.
O funcionário negou-se a discutir detalhes das exigências de Washington. Os EUA teriam pedido atitudes como a libertação de centenas de prisioneiros palestinos e uma paralisação maior das construções em assentamentos. Apesar dos relatos de crise na relação bilateral dos tradicionais aliados, um porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que está havendo "progresso em temas importantes".
A divergência começou quando o governo de Netanyahu anunciou que construirá 1.600 novas casas para assentados judeus em Jerusalém Oriental, durante uma visita do vice-presidente dos EUA, Joe Biden, ao país. Os palestinos veem Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado independente e se recusam a negociar a paz antes da paralisação das construções nos territórios ocupados.
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