As sanções internacionais contra Israel podem ter resultados positivos, disse na segunda-feira o vice-premiê israelense, Dan Meridor, dando um tom otimista aos esforços das potências ocidentais contra o programa nuclear iraniano.
Israel diz que um Irã com armas nucleares seria uma ameaça à sua existência, apesar da insistência da República Islâmica a respeito do caráter pacífico do seu programa atômico. Israel habitualmente se mostra cético em relação a sanções, sugerindo que apenas o uso da força poderia conter o Irã.
Mas o país, que supostamente possui o único arsenal nuclear do Oriente Médio, prometeu aos EUA que dará uma chance à diplomacia. O governo, porém, diz que todas as opções continuam sobre a mesa, o que inclui uma ação militar.
Meridor disse que o sucesso dos EUA na busca por novas sanções será um recado claro e positivo para governos árabes moderados. Já o resultado contrário teria efeitos devastadores e consequências graves para a ordem mundial.
"Acredito que o regime de sanções possa funcionar", disse ele, criticando no entanto que a resolução em discussão da ONU não seja "tão abrangente ou paralisante quanto eu gostaria que fosse". Meridor disse a jornalistas que o governo do Irã aparentemente "sente que a pressão está começando a crescer".
Sobre o recente acordo mediado por Brasil e Turquia para um intercâmbio controlado de material nuclear iraniano, Meridor declarou que "pode ser um sinal de que eles (iranianos) entendem que algo precisa ser feito (...), ou pode ser um truque".
Meridor, que é membro do núcleo ministerial para assuntos estratégicos e titular da pasta responsável por questões nucleares e de inteligência, disse que "a cada dia (o Irã) fica mais perto da capacidade que deseja".
Teerã ameaça abandonar o acordo de intercâmbio de urânio se o Conselho de Segurança da ONU adotar novas sanções ao país.
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