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As Forças de Defesa de Israel (FDI) negaram nesta quinta-feira (29) serem responsáveis por dezenas de mortes num local onde centenas de civis aguardavam a distribuição de ajuda humanitária na Cidade de Gaza.
Mais cedo, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, administrada pelo grupo terrorista Hamas, havia informado que mais de cem pessoas morreram e pelo menos 760 ficaram feridas no incidente e que Israel teria realizado um ataque contra civis.
“O ataque foi premeditado e intencional, no contexto do genocídio e da limpeza étnica do povo da Faixa de Gaza. O Exército de ocupação sabia que estas vítimas tinham vindo para esta área para obter alimentos e ajuda, mas matou-as a sangue frio”, acusou o Hamas, que realizou em outubro ataques em Israel que mataram 1,2 mil pessoas e sequestrou cerca de 250 pessoas, das quais 130 ainda são mantidas reféns.
Em comunicado divulgado em seguida e publicado pela imprensa israelense, as FDI reconheceram que suas tropas abriram fogo porque se sentiram ameaçadas, já que parte da multidão teria ido em direção aos soldados, a um tanque e a um posto de controle das forças israelenses.
As FDI, entretanto, disseram que sua ação não causou mais do que dez mortes e que o restante dos óbitos ocorreu durante o tumulto, quando muitas pessoas teriam sido empurradas, pisoteadas e atropeladas. As forças israelenses afirmaram ainda que homens armados também abriram fogo na área enquanto realizavam saques.
As FDI publicaram imagens captadas por um drone que mostram milhares de pessoas se aglomerando em volta dos caminhões de ajuda humanitária. Os militares de Israel e fontes independentes não confirmaram o número de mortes divulgado pelo Hamas. (Com Agência EFE)