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Comandos navais israelenses apreenderam nesta quarta-feira (4) um navio que, supostamente, levava mais de 60 toneladas de mísseis, foguetes e armas antitanque do Irã para o Hezbollah, de acordo com funcionários da Defesa de Israel. No entanto, não foram oferecidas provas de que o material iria para o grupo militante xiita do Líbano. A captura ocorreu durante a madrugada, perto do Chipre. Um alto oficial do Exército libanês se recusou a comentar a notícia, dizendo que o fato ocorreu fora das águas do país.

As armas incluem mísseis antitanque e foguetes Katiusha. Elas estavam em uma embarcação comercial, operando sob o disfarce de um navio de auxílio humanitário, tendo como capitão um polonês e sob a bandeira de Antígua e Barbuda, segundo as fontes israelenses, que pediram anonimato. A unidade naval de Israel entrou na embarcação sem qualquer incidente. O vice-ministro da Defesa, Matan Vilnai, disse que a tripulação não sabia sobre a carga do navio, chamado Francop.

A embarcação foi levada para o porto de Ashdod, no sul israelense, onde as armas foram descarregadas. Ela era operada pela United Feeder Services, uma companhia sediada no Chipre que disse ter pegado a carga em Damietta, no Egito. Segundo um funcionário da empresa, que pediu anonimato, a embarcação partiu do Egito para o Chipre e dali seguiria para Líbano e Turquia. Segundo ele, a companhia não sabia o que havia em cada contêiner nem a origem da carga.

'Triunfo'

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, qualificou a interceptação como "outro triunfo contra as seguidas tentativas de contrabandear armas para reforçar elementos terroristas, ameaçando a segurança de Israel". Segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, as armas teriam como objetivo "atingir cidades israelenses".

Em janeiro de 2002, forças israelenses capturaram uma fragata com 50 toneladas de armas, que, segundo as autoridades, seguiriam para militantes palestinos na Faixa de Gaza. A fronteira entre Líbano e Israel tem estado calma, desde que Israel e o Hezbollah travaram uma dura guerra em 2006. Israel advertiu, porém, que os membros do grupo militante têm se rearmado e agora possuem aproximadamente 40 mil foguetes.

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