Israel diz ter matado comandante de unidade do Hezbollah no Líbano

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram nesta terça-feira (9) que mataram, em um ataque aéreo, o comandante de uma unidade do Hezbollah no sul do Líbano, em meio a um aumento da tensão na região um dia após o assassinato de outro comandante do grupo terrorista.

Uma aeronave da Força Aérea israelense "eliminou hoje [terça-feira] o comandante da unidade aérea do Hezbollah no sul do Líbano", que foi identificado como Ali Hussein Barji.

Ele era acusado de comandar “dezenas de atividades terroristas contra Israel usando veículos aéreos não tripulados explosivos e de vigilância, assim como o ataque desta terça-feira a um quartel-general das FDI no norte de Israel”.

Um porta-voz das FDI acrescentou que, antes dessa operação, "uma célula de lançamento [de foguetes] da unidade aerotransportada do Hezbollah, que estava se dirigindo para lançar drones explosivos contra Israel, foi eliminada”.

As FDI não costumam reconhecer abertamente esses ataques, e o anúncio foi feito no momento em que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, visita o país como parte de sua viagem pelo Oriente Médio, a qual busca mitigar a disseminação de um conflito regional, além da guerra entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas na Faixa de Gaza.

O ataque aéreo que matou o comandante da unidade aérea desse grupo terrorista atingiu um veículo nos arredores do local onde estava sendo realizado o funeral de outro comandante do Hezbollah morto na segunda-feira (8), em mais um bombardeio aéreo atribuído a Israel.

O oficial de alto escalão morto ontem foi Wissam Hassan Taweel, comandante das forças especiais de elite Radwan, cujo veículo foi atingido. Ele tornou-se a maior baixa do grupo desde o início das hostilidades com Israel, no dia 8 de outubro.

As tensões entre Israel e Líbano vêm aumentando desde a terça-feira da semana passada, quando um atentado à bomba em Beirute, atribuído a Israel, matou o segundo principal dirigente do Hamas, Saleh Al Arouri.

Desde então, os temores de um conflito mais amplo entre os dois lados têm aumentado.