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Israel vê com “preocupação e tristeza”, segundo expressou nesta quinta-feira (11) sua embaixada em Buenos Aires, o comunicado emitido um dia antes pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina condenando a operação da Força Aérea israelense na Faixa de Gaza.
“O Estado de Israel vê com preocupação e tristeza o comunicado emitido pela Chancelaria argentina na quarta-feira, 10 de maio. O mesmo não expressa os muito bons laços de entendimento mútuo que caracterizam nosso forte vínculo bilateral há 75 anos”, informou a sede diplomática israelense em texto divulgado à imprensa.
O Ministério das Relações Exteriores argentino emitiu um comunicado no qual condenou a operação militar, que lembrou ter causado a morte de civis palestinos, incluindo mulheres e crianças, e numerosos feridos.
Também fez um “urgente chamado às partes para evitar um maior nível de confronto que agrave a dramática situação humanitária”, sustentou que a vida de civis “deve ser protegida em toda circunstância” e transmitiu a Israel a “imperativa necessidade de respeitar o direito humanitário internacional, especialmente os princípios de distinção e proporcionalidade”.
Em sua nota, a Embaixada de Israel destacou que nos últimos dias a Jihad Islâmica - que definiu como “uma organização terrorista e fundamentalista financiada e apoiada pelo Irã que busca a destruição do Estado de Israel” - lançou 543 mísseis da Faixa de Gaza que tinham como objetivo atacar áreas civis.
“Israel continuará defendendo seus cidadãos de toda ação terrorista”, observou a embaixada, acrescentando que as operações realizadas por Israel “contra alvos terroristas” tentaram ser “criteriosas a fim de evitar danos aos não envolvidos”. As mensagens foram enviadas às autoridades da Chancelaria argentina.
A Delegação de Associações Israelenses Argentinas (Daia), representação da comunidade judaica argentina, também manifestou sua opinião sobre a posição argentina.
“O comunicado da Chancelaria de nosso país padece de um preocupante e grosseiro erro ou, pior ainda, tem a intenção manifesta de considerar parte do conflito uma organização terrorista, assim tipificada pela República Argentina”, afirmou a entidade.
“Mais uma vez, a Chancelaria tem uma visão parcial da história e reduz a história do conflito. Não se pode confundir uma organização terrorista cujo único objetivo é assassinar civis com o povo palestino”, acrescentou a Daia em comunicado, no qual deixou claro que a democracia israelense defende seus cidadãos “atacando” a Jihad Islâmica.
A nova onda de hostilidades entre Israel e milícias na Faixa de Gaza começou na terça-feira (9) e até agora deixou 28 moradores de Gaza mortos, incluindo seis crianças, e 86 feridos no enclave.
A troca de tiros começou com a operação “Escudo e Flecha” do Exército israelense, que consistiu em uma série de bombardeios contra alvos da Jihad Islâmica Palestina (YIP), organização considerada terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.