Palestinos próximos a uma fábrica bombardeada no bairro de Al-Meena, na periferia de Gaza, antes do novo cessar-fogo| Foto: Mohammed Saber/Efe

Bombardeios

Novos ataques causam a morte de três palestinos, entre eles dois menores

Três palestinos morreram ontem, entre eles dois menores, em ataques israelenses em Gaza, onde foram encontrados os corpos de dez pessoas entre os escombros de vários imóveis, informou o porta-voz do Ministério da Saúde, Ashraf al Qedra. Além disso, vinte pessoas ficaram feridas em bombardeios israelenses em diferentes pontos da Faixa de Gaza, disse o porta-voz. Qedra afirmou que desde o retorno dos combates na sexta-feira - após uma trégua de 72 horas - 25 palestinos morreram e 50 ficaram feridos em ações do exército israelense. Os ataques da força aérea israelense foram uma resposta ao disparo de pelo menos 30 foguetes e bombas de Gaza contra Israel, que não causaram vítimas. Facções armadas palestinas como a Jihad Islâmica e os Comitês Populares da Resistência, leais ao movimento islamita Hamas (que controla a Faixa de Gaza), além de grupos menores e menos influentes, assumiram a autoria dos disparos dos foguetes.

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1.928 mortos e 10 mil feridos já foram contabilizados desde o início da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, em 8 de julho. Dois terços das vítimas são civis, incluídos mulheres e crianças. O braço armado do Hamas, as Brigadas de Ezedin al-Qassam, não reivindicou o lançamento de projéteis desde que expirou o último cessar-fogo.

Israel e palestinos concordaram ontem com uma proposta do Egito de um cessar-fogo de 72 horas em Gaza com início às 21 horas (18 horas de Brasília), disseram líderes de ambos os lados. "Israel aceitou a proposta do Egito", disse uma autoridade israelense, acrescentando que os negociadores israelenses retornam ao Cairo hoje para retomar negociações indiretas com os palestinos caso a trégua seja respeitada.

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A equipe israelense voou de volta para o país na sexta-feira antes de um cessar-fogo anterior de três dias expirar, e as hostilidades no conflito, que já dura um mês, reiniciarem. Um porta-voz do Hamas disse que as facções palestinas aceitaram o chamado egípcio e que as conversas no Cairo vão continuar.

Em comunicado, o ministro das Relações Exteriores egípcio pediu que "os dois lados explorem essa trégua para retomar negociações indiretas imediatamente e trabalhem rumo a um acordo de cessar-fogo compreensivo e duradouro". Mais cedo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que "Israel não irá negociar sob fogo" e alertou sobre uma prolongada campanha militar israelense na Faixa de Gaza se os foguetes continuarem.

Exigências

O Hamas exigiu o fim do bloqueio israelense e egípcio no território e a abertura do porto de Gaza - um projeto que Israel diz que só deveria ser abordado em futuras conversas sobre um acordo permanente de paz. Os pedidos foram rechaçados por Israel, o que fez com que o movimento islamita retomasse os ataques contra Israel, que por sua vez reiniciou a ofensiva Limite Protetor (que começou em 8 de julho) sobre Gaza.