Milhares de palestinos entoando "vingança, vingança" participaram nesta sexta-feira, em Gaza, do funeral de dois militantes mortos por Israel em um ataque aéreo, enquanto os israelenses enterraram um soldado esfaqueado até a morte num posto de controle na Cisjordânia. Com a tensão ainda elevada depois de quatro dias de violência, Israel temporariamente fechou o principal ponto de ligação entre Jerusalém e o território ocupado da Cisjordânia, onde ocorreu o ataque com faca na quinta-feira.
O fechamento do posto, chamado por Israel de medida de segurança e condenado pelos palestinos como uma punição coletiva, forçou milhares de moradores da Cisjordânia que vão à cidade sagrada diariamente para trabalhar, rezar, estudar ou receber tratamento médico a buscar rotas alternativas.
A última explosão de violência foi uma das piores desde a retirada de Israel de Gaza em setembro e abalou as esperanças de paz. Um homem-bomba matou cinco pessoas na cidade de Netanya, na segunda-feira. Israel então matou três militantes no ataque com mísseis a Gaza.
Atiradores dispararam para o alto enquanto os corpos de dois dos militantes, integrantes das Brigadas de Mártires de Al-Aqsa, parte do movimento Fatah do presidente Mahmoud Abbas, eram carregados numa procissão no campo de refugiados de Jabalya.