O Parlamento de Israel aprovou nesta terça-feira (11) uma polêmica lei eleitoral que eleva o porcentual de votos necessários para que um partido possa ser representado na casa legislativa. A votação foi boicotada pela oposição ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, algo raro no Parlamento israelense.
Os defensores da elevação da cláusula de barreira a consideram necessária em nome da governabilidade. Os setores contrários consideram a medida antidemocrática e projetada especificamente para dificultar a eleição de políticos árabes israelenses.
O projeto de lei foi aprovado com 67 votos a favor e nenhum contra no Parlamento de 120 cadeiras. A bancada de oposição retirou-se da votação.
Bancada
O texto eleva de 2% para 3,25% o número de votos necessários para que um partido eleja uma bancada. Israel possui um sistema de representação proporcional. Os eleitores votam em listas apresentadas pelos partidos, e não em um político específico.
Pela nova lei, calcula-se que um partido precisará ganhar pelo menos quatro cadeiras para superar a cláusula de barreira.
Isaac Herzog, líder da oposição, qualificou a nova lei como "um passo em direção à ditadura".
"E assim nossa democracia se despedaça diante de nossos olhos", prosseguiu.
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