Prédio residencial atingido em ataque militar de Israel, na área de Ghobeiry, no subúrbio ao sul de Beirute, Líbano| Foto: EFE/EPA/WAEL HAMZEH
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O Exército de Israel anunciou neste domingo que matou mais de 20 membros do grupo político e miliciano Hezbollah no bombardeio massivo de sexta-feira contra Beirute, no qual também foram assassinados seu líder máximo, Hassan Nasrallah, e o comandante da frente sul, Ali Karaki.

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“Também foram eliminados mais de 20 outros terroristas de diversas categorias, que estavam presentes no quartel-general subterrâneo (do Hezbollah) em Beirute”, detalhou hoje um comunicado militar israelense, sobre o ataque que foi sentido em toda a capital e cujos números sobre as mortes de civis ainda são desconhecidos.

Tel Aviv apresentou uma lista de lideranças do grupo pró-Irã mortos nos últimos ataques desde sexta-feira: Ibrahim Hussein Jazini, identificado como chefe da unidade de segurança de Nasrallah; Samir Tawfiq Dib, seu conselheiro; Abed al Amir Muhamad Sablini, chefe de fortalecimento das tropas do Hezbollah, e Ali Naaf Ayoub, responsável por coordenar ataques.

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Além desses, o Exército de Israel anunciou a morte de Nabil Qaouk, comandante da unidade de Segurança Preventiva da organização terrorista xiita Hezbollah, em um ataque lançado neste sábado contra os subúrbios de Dahye, no sul de Beirute.

Segundo os militares, “o terrorista Qaouk é considerado o próximo no topo da organização terrorista Hezbollah”.

Qaouk se uniu ao Hezbollah em 1980 e serviu como deputado no sul do Líbano representando a organização, acrescentou as Forças Armadas, que o descreveram como uma figura com presença regular nos meios de comunicação para falar em nome do grupo xiita.

O ataque de sábado teve como alvo o bairro de Chiyah, nos subúrbios ao sul de Beirute, de acordo com a agência de notícias libanesa ANN.

Sobre a morte do comandante da frente sul, Ali Karaki, o Hezbollah divulgou um comunicado neste domingo dizendo que ele comandava as operações do grupo no sul do Líbano desde 1982, participando ativamente do conflito de 2006 contra Israel na região.

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Além disso, foi “o responsável direto e de campo da direção da Frente Sul, com todos os seus eixos e unidades" durante os confrontos fronteiriços que começaram em 8 de outubro, um dia após a eclosão da guerra na Faixa de Gaza.

Mais cedo, durante as primeiras horas da manhã, Israel atacou vários pontos nestes mesmos subúrbios, afirmando que o Hezbollah estava acumulando "mísseis antinavio escondidos sob seis edifícios residenciais", e instou os civis libaneses a se afastarem pelo menos 500 metros dessas áreas.

“As Forças de Defesa de Israel continuam a atacar e a eliminar os comandantes da organização terrorista Hezbollah e a agir contra qualquer pessoa que ameace os cidadãos do Estado de Israel”, destacou neste domingo o comunicado militar.

Na sua primeira declaração pública após o assassinato de Nasrallah, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem à noite que, apesar de esta ser uma grande conquista, “o trabalho ainda não está concluído”.

"Alcançamos grandes conquistas, mas o trabalho ainda não está concluído. Nos próximos dias enfrentaremos desafios importantes e os enfrentaremos juntos", destacou Netanyahu em uma mensagem de vídeo.

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Incluindo Nasrallah, o Exército de Israel afirmou que eliminou pelo menos oito dos principais comandantes militares da milícia libanesa.

Desde que Israel e o Hezbollah iniciaram seus confrontos fronteiriços, em 8 de outubro, na sequência da guerra na Faixa de Gaza, quase 500 terroristas foram mortos.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]