As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram nesta segunda-feira (28) que detiveram cerca de 100 milicianos palestinos em uma operação que aconteceu dentro do hospital Kamal Adwan, em Beit Lahia (norte de Gaza), concluída no sábado (26).
Segundo o Exército, o local era usado por membros do Hamas como base de comando e controle.
Semanas antes da operação dentro do hospital, os militares permitiram a evacuação de pacientes e funcionários do complexo, ao mesmo tempo em que garantiram que os sistemas de emergência do centro médico continuassem funcionando, inclusive ativando um gerador adicional para pacientes em suporte de vida, de acordo com as FDI.
O órgão militar encarregado da gestão dos assuntos civis em Gaza (COGAT) garantiu que facilitou a transferência de 23 pacientes na noite de quinta-feira, a maioria deles menores, de Kamal Adwan para outros hospitais da Faixa, e que o centro recebeu combustível e 180 unidades de sangue para transfusões.
No comunicado militar, as forças israelenses disseram que entre os detidos estavam vários membros de grupos terroristas que tentaram fugir quando os militares permitiram que os civis deixassem o complexo, antes de iniciarem o ataque.
“Vários terroristas – incluindo ativistas do Hamas que participaram no massacre de 7 de outubro – estavam entrincheirados no hospital”, afirmaram as FDI.
No comunicado militar, Israel também disse ter encontrado armas e documentos de inteligência.
Os detidos foram levados para Israel a fim de serem interrogados. Um dos presos, que se identificou como motorista e paramédico do Hospital Kamal Adwan e do Hospital Al-Ahli na Cidade de Gaza, afirmou que o Hamas estava usando ambulâncias no hospital para movimentar agentes.
“Operativos militares do Hamas estão presentes. Eles estão nos pátios, nos portões dos prédios, nos escritórios”, disse ele, quando questionado sobre as operações do grupo terrorista ao redor do Hospital Kamal Adwan.
“Eles operam ambulâncias para transportar seus agentes militares feridos e para transportá-los para suas missões”, acrescentou.
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