Israel encontra túnel subterrâneo de 10 quilômetros que conecta norte e sul de Gaza

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O Exército de Israel anunciou nesta segunda-feira (26) a descoberta de um túnel subterrâneo com 10 quilômetros de extensão na Faixa de Gaza, centro de uma rede que conectava o norte e o sul do enclave.

“É um túnel terrorista de 10 quilômetros de comprimento que passa por baixo de um hospital e de uma universidade”, afirmou o Exército israelense em um comunicado, acompanhado de fotos e vídeos da descoberta na Cidade de Gaza.

A 162ª Divisão localizou uma rede de túneis conectando o norte e o sul da Faixa de Gaza e alcançou o "controle operacional" das bocas da passagem subterrânea antes de destruir grande parte da rede.

A rede de túneis parte do Hospital da Amizade Turco-Palestina, localizado no sul da Cidade de Gaza, bordeia o campus da Universidade de Israa e chega ao bairro de Zaytun, mais a sudeste da capital.

“Na última semana, realizamos uma extensa atividade operacional em torno do hospital turco, onde encontramos um túnel de 18 metros de profundidade e duas saídas”, disse o chefe de operações da Brigada Nahal, sobre a descoberta que abriu o caminho para a rede de túneis.

Em Zaytun, as tropas israelenses retomaram sua atividade militar com intensos combates contra terroristas do Hamas desde a semana passada, após terem se retirado da área em janeiro.

“Esta rede de túneis é usada pela milícia para se deslocar entre diferentes brigadas na Faixa de Gaza, incluindo a Brigada Central e a Brigada da Cidade de Gaza, entre elas os batalhões Nuseirat, Sabra e Zaytun”, detalhou o Exército israelense.

Dentro dos túneis, as tropas localizaram salas incluindo banheiros, armazéns de armas e equipamentos de combate, bem como corpos de milicianos abandonados, acrescentou.

“O Hamas gastou milhões de dólares na construção de uma rede subterrânea de túneis terroristas usados ​​para suas atividades militares sob escolas, hospitais e residências em toda a Faixa de Gaza”, afirmou o Exército israelense, acrescentando ter encontrado túneis sob hospitais como o Shifa e escolas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).