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Fumaça sobre cidade em Gaza após novo bombardeio de Israel nesta segunda-feira (12) | Jack Guez/AFP
Fumaça sobre cidade em Gaza após novo bombardeio de Israel nesta segunda-feira (12)| Foto: Jack Guez/AFP

Israel começou a enviar reservistas do Exército para Líderes israelenses para a Faixa de Gaza, informaram porta-vozes militares nesta segunda-feira (12).

Enquanto isso, os combates prosseguiram na região nesta segunda-feira, pelo 17º dia consecutivo.

Em meio à crescente pressão internacional por um cessar-fogo imediato, forças israelenses prometem lançar um ataque em larga escala contra os túneis usados pelo Hamas na região de fronteira entre Gaza e o Egito.

Veja a cobertura completa da ofensiva israelense em Gaza

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, o ministro da Defesa, Ehud Barak, e a ministra das Relações Exteriores, Tzipi Livni, se reuniram no final do domingo e decidiram aumentar a pressão sobre o Hamas, informou a imprensa palestina.

Livni recusou-se a dizer quando Israel encerrará os ataques.

Ônibus lotados de reservistas israelenses iam em direção a Gaza no domingo, enquanto os combates continuavam no território controlado pelo Hamas, apesar das demandas do Conselho de Segurança da ONU por um cessar-fogo.

Os reservistas não vinham sendo usados enquanto os líderes israelenses analisavam se realizariam uma ofensiva terrestre total nas cidades de Gaza para tentar destruir a capacidade do Hamas de lançar foguetes contra Israel.

Essa decisão poderia aumentar o número de vítimas militares de Israel, assim como perdas ainda maiores entre os 1,5 milhão de palestinos que vivem na região e não têm rota de escape.

Mortes

O número de mortos entre os palestinos desde o início da ofensiva israelense em 27 de dezembro está em 905, muitos deles civis, segundo autoridades médicas de Gaza. Cerca de 3.950 palestinos ficaram feridos. Entre os mortos, há 277 crianças, 95 mulheres e 92 idosos, segundo o médico Muawiya Hasanein, chefe dos serviços de emergência.

Quatorze israelenses - 4 civis atingidos por foguetes e 10 soldados - foram mortos, segundo o governo de Israel.

Ataques intensificados

Sete palestinos morreram, entre eles duas crianças e duas mulheres, e outros dez ficaram feridos hoje no 17º dia da ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, disseram fontes médicas e testemunhas.

Os projéteis lançados por tanques e aviões militares atingiram várias casas no sul e no leste da Cidade de Gaza, assim como nos campos de refugiados de Jabalia e Beit Lahia, no norte, informaram testemunhas a rádios locais.

Nestes bombardeios morreram sete palestinos, dois deles mulheres e outros dois crianças, informou o chefe do serviço de emergências na Faixa de Gaza.

O Exército israelense intensificou desde esta madrugada seus tiros de tanque contra o bairro de Sheikh Aylín, na periferia de Cidade de Gaza, onde penetrou domingo pela primeira vez e matou 12 milicianos palestinos em um dos confrontos mais sangrentos da ofensiva, declararam testemunhas.

Também atacou o bairro de Zeitoun, no sudeste da cidade e um dos mais castigados pelo fogo aéreo.

A cidade de Gaza está praticamente cercada, e as milícias palestinas tentam repelir desde os bairros periféricos todo avanço das tropas israelenses para o interior.

Os braços armados do Hamas e da Jihad Islâmica disseram que interromperam as incursões israelenses em Jabalya, Beit Lahia e no bairro de Al-Tufah.

Por outro lado, o povoado de Jozaa, que fica a leste de Khan Yunes, a cerca de um quilômetro da fronteira sudeste com Israel, foi também palco de intensos bombardeios aéreos e terrestres, afirmam testemunhas.

Várias casas ficaram incendiadas pelos ataques que, segundo os moradores, foram realizados com bombas de fósforo branco, confirmando as recentes denúncias feitas à Agência Efe por diretores de hospitais em Gaza.

Do lado do Hamas, quatro foguetes foram lançados na direção de Israel, segundo testemunhas. Ninguém ficou ferido, mas um dos projéteis atingiu uma casa na cidade de Ashkelon.

Diplomacia

Os ministros árabes das Relações Exteriores realizam na próxima sexta no Kuwait reunião extraordinária sobre a situação em Gaza, anunciou nesta segunda o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa.

A cúpula "examinará os acontecimentos relacionados à rejeição de Israel a aplicar a resolução 1860 do Conselho de Segurança da ONU", disse Moussa à imprensa.

Esta resolução, ignorada tanto por Israel quanto pelo movimento islamita Hamas, "conclama um cessar-fogo imediato, duradouro e plenamente respeitado, que leve a uma retirada completa das forças israelenses de Gaza".

O Hamas criticou a postura das autoridades egípcias nas negociações. Em declarações à rede de televisão catariana "Al Jazira", o representante do Hamas no Líbano, Osama Hamedan, afirmou que a reação egípcia a suas propostas não foi a que esperavam.

"A resposta egípcia não foi como queríamos. Há assuntos que não podemos aceitar e outros que devem ser modificados", disse Hamedan, sem dar mais detalhes.

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