Israel espera que o novo governo do Egito respeite o tratado de paz entre os dois países, após o anúncio feito neste domingo (24) de que o candidato do grupo Irmandade Muçulmana, Mohammed Mursi, venceu as eleições presidenciais no país vizinho.
Em um breve comunicado, o escritório do Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou que "Israel avalia o processo democrático no Egito e respeita os resultados das eleições presidenciais".
"Israel espera manter a cooperação com o governo egípcio em relação ao tratado de paz entre os dois países, que é de interesse comum de ambos os povos e contribui para a estabilidade regional", acrescenta a nota.
Por sua vez, a líder do opositor Partido Trabalhista, Shely Yajimovich, declarou que o acordo de paz com o Egito é de suma importância estratégica, e pediu que Israel faça todo o possível para mantê-lo de pé.
"Apesar da complexidade do caso, devemos manter um diálogo com qualquer um que seja eleito no Egito como dirigente", acrescentou a política.
O Egito foi o primeiro país árabe e vizinho que assinou um acordo de paz com Israel em 1979, e o antigo regime do presidente Hosni Mubarak mantinha uma relação fria, mas que dava estabilidade à relação bilateral, apesar dos sentimentos das ruas e da intelectualidade egípcias não coincidirem com os de seu então governante.